O RITUAL
São vários os rituais que são feitos com vistas a marcar o casamento di abiyan e nenhum deles deve ser esquecido.
Entretanto, vale lembrar que a jornada está apenas começando. A partir da iniciação, o indivíduo se torna dois e não pode se esquecer disso.
O primeiro ano de vida do iyawo costuma ser o mais difícil, pois há muito o que aprender e, assim como na vida trata-se de um período de grande adaptação. Neste período todo cuidado é pouco. Deve-se cuidar das próprias ações, das palavras proferidas e de iwà, ou seja do próprio caráter, pois, pode-se atrair energias promissoras e imagine uma criança com menos de um ano de idade rodeada de estupradores, pedófilos e traficantes. Imaginou? Candomblé é coisa de gente grande, não é?
Vale a pena pensar no assunto...
Não há motivos para temê-lo, mas há motivos de sobra para respeitá-lo.
O Xaorô
São anéis providos de guizos utilizados nos tornozelos pelos iyawo, com uma dupla função, protegê-los de possíveis forças negativas e manter a mãe criadeira informada sobre o movimentos do recém-nascido para o Orisa. Segundo o povo de santo, o xaorô livra o inciado da morte. esses anéis com barulho também são usados nos tornozelos pelas crianças abikú, para afastar os companheiros que tentam vir buscá-los no mundo e lembrar-lhes suas promessas. No caso dos abikús, constituem verdadeiros talismãs, preparados pelos babás e iyas para que os membros da sociedade dos abikús, egbé ará orun, deixem nos em paz.
Mókan
Primeiro fio de contas do iyawo (mó: meu, ókan: dinheiro, cauri) feito de palha da costa é o primeiro pedaço da África ancestral que recebemos durante o período de iniciação. trata-se de uma metáfora ao início da nova jornada. Uma metáfora à busca de uma nova vida próspera e repleta de boas relações com o mercado, onde tudo começa e termina, único lugar onde as relações de troca e ascensão são possíveis. O mókan é o protetor do iyawo e o seu grande amuleto da sorte.
OLOJE IKU IKE OBARAINAN
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