quinta-feira, 13 de novembro de 2014



Iyami Osorongà: Energia celeste
Iyami Osorongà é uma energia distinta celeste, simboliza a justiça em função do próprio Orun, é o caos e o recipiente da criação. É a eternidade divinizada no gênero feminino, coleta e cobra todo o vigor da existência, está presente em tudo, desde o pólen das flores, na fecundação do óvulo, na chuva que molha a terra e que produz o fruto até os fenômenos naturais , na lei da ação e reação; é o aspecto integral das civilizações, da Terra e do universo. Ela é a energia primordial da existência e do poder absoluto de destruição do começo ao fim e o começar novamente. Uma aliança promovida nos primórdios dos tempos entre o grande pai Olorun e Iyami tornou-a questionadora e contestadora da misericórdia do próprio Deus sobre as pessoas sobre a ética da humanidade em relação aos seus semelhantes, e a tudo criado pelo próprio Deus; é ela quem sentencia de forma imparcial tudo que gera a vida até o findar dos tempos. Muitas foram as afirmações de que Iyami Osorongà são energias más , e que exercem sob o Orun e o Aiyê uma energia negativa, operando à noite para trazer morte e sofrimento e morte prematura às pessoas, por esta razão coube a muitos se afastarem desta divindade e mantê-las sob quase um esquecimento no panteão ioruba. Mas o certo que elas vieram ao Aiyê pela barriga de um Orisà Funfun e aqui permaneceram devido à própria ação humana; a verdadeira resposta de Olorun para dar a humanidade a capacidade de discernimento , de exercer controle sobre sua cólera, de mostrar aos seus filhos no Aiyê suas próprias limitações e de frear o seu próprio instinto impulsivo. Tamanho é o poder das Anciãs, que elas com frequência milenar frustraram incontáveis esforços de outras divindades e dos homens de derrotá-las, deixando estabelecido para a humanidade que Elas são uma energia coletiva incontrolável, que deve ser RECONHECIDA e APAZIGUADA para que a mesma traga o equilíbrio sobre o Aiyê. O fato é que as Mães Anciãs administram com mãos de ferro o sistema da justiça universal, a ela foi dado o poder de condenação e das mais diversas cobranças, com julgamento apropriado e imparcial, elas nunca condenarão injustamente e se alguém se aproxima delas com uma acusação contra alguém, elas considerarão todos os lados antes de chegar a uma decisão. A ação de Iyami sobre o Aiyê não está ligada à consciência e nem ao livre arbítrio do homem, mas influencia sim no hábito das pessoas, mostrando a vocação oculta, ao discernimento, e as premonições. Elas são as guardiãs da sabedoria do equilíbrio, por elas nada acontece sem uma justa razão, em sua sabedoria não tem espaço para suposições frágeis, compreende-se nelas o renascimento através do caos, pois o que está disciplinado deve permanecer imutável. Ninguém no mundo é merecedor de fatalidades, bem como ninguém é merecedor de oportunidades, sendo ambas as questões de busca e destino, mas estão sujeitas a ira incontrolável desta divindade pessoas de personalidade fria e insensível para com a criação e com os sentimentos alheios, cujo próprio interesse momentâneo é o objetivo maior, pessoas com atitudes inconsequentes que prejudicam ou interferem de forma irrecuperável no ciclo da vida, que não possuem sentimentos altruístas como compaixão, remorso ou culpa.
Iyami Osorongà não destrói ninguém a não ser que a humanidade viole o pacto concordado entre Elas, Orisà N’la e Orunmila oferecem uma vida plena a qualquer homem que aja com sinceridade e que ande de acordo com as instituições de seu povo, das quais não condene a própria consciência.
Segundo a tradição Iorubá, o mundo foi criado em quatro dias.
Olodumare, o Deus todo poderoso colocou no Ayê (terra) os rios, os mares, os ventos, as florestas, os animais e por fim o homem! Olodumare em primeiro lugar preparou a Terra e fez dela um paraíso perfeito onde os homens, seus filhos, pudessem habitar e sobreviver com harmonia. O criador fez com que nosso planeta provesse tudo para nós. Olodumare deu condições a Terra para que nossa permanência aqui e de todos os seres vivos se tornasse agradável. E nós seres humanos, dotados de inteligência e capacidade de discernimento, como estamos cuidando de nosso lar? Não me refiro ao lar feito de tijolos, mas nosso lar a Grande Mãe Terra. Este lar que Olodumare mobiliou e nos entregou. Será que estamos cuidando como cuidamos de nossos lares de tijolos? Ao meu ver, nós, Povo de Santo, somos adoradores da Natureza. Quando louvamos Oxum ou Logun-Edé estamos louvando também os rios, quando louvamos Iemanjá louvamos o mar, Oxossi as matas, Exú e Ogum os caminhos, Ossãe o poder curativo das ervas, e assim por diante. E se nós começamos a destruir a Natureza dada com tanto amor por Olodumare, o que poderá acontecer? Claro que a devastação total. E aí nós seremos responsáveis pela morte do nosso maior patrimônio: Os Orixás. E conseqüentemente, como cada ação requer uma reação, nossa falta de respeito à Natureza, aos Orixás, se voltará contra nós mesmos, pois morrendo a Natureza, morrem os Orixás, e assim morreremos também. E aí se dará o grande cataclisma tão temido pelos cristãos. Neste caso o cataclisma será obra do Criador? Claro que não, mas sim do homem. Quando digo que ao acabarmos com a Natureza acabaremos com nossos Orixás, aviso as “Igrejas Eletrônicas e seus seguidores” que o fim dos Orixás é o fim da Natureza, o fim da vida, portanto não se animem e muito menos se aventurem. Chamo à atenção de nossos irmãos Babalorixás, Ialorixás, adeptos e simpatizantes das Religiões de Matrizes Africanas, Espíritas, Umbandistas, e qualquer religião, para que entendam que dependemos dos mares, rios, lagos, florestas e atmosfera limpos. Portanto, nós, Povo de Santo, Povo de Axé, temos obrigação de cuidarmos e preservarmos a Natureza, para que nossos Orixás sobrevivam e nosso culto também.Uma maneira de contribuirmos com o equilíbrio do ecossistema seria: ao colocarmos os Ebós ou despachos de rua fazermos em folhas de banana ou mamona, ao invés de colocarmos em alguidares, talhas, quartinhas e tigelas. Não é necessário deixarmos garrafas ou copos em encruzilhadas, as velas podem ser acesas nos Pejís antes de sair com a entrega. Toda oferenda pode ser colocada em folhas, que se deterioram e torna-se adubo para a nossa terra, e também não polui. Os Orixás e outras entidades não se alimentam de alguidares, garrafas, etc. Podemos fazer oferendas sem sujar. (Kosi Ewé, Kosi Orixá – Sem folha não há Orixá). Podemos desta maneira cuidar melhor do meio ambiente e darmos bom exemplo.
Não esqueçam: Dependemos da Natureza para mantermos nossa Religião e nossos objetivos religiosos. Se procurarmos respeitar a Natureza, preservando-a, com certeza os nossos Orixás cada vez mais nos abençoará e nos dará mais AXÉ.
O Candomblé é uma religião na qual a Natureza é de grande importância. Dela depende o Axé primordial e deriva todo o panteão dos Orixás, que representam a força de Olodumare.
Adupé!!!
oloje iku ike obarainan

Um comentário:

  1. montuba eu me chamo dejanira fui raspada ja com quarenta e sete anos meu pai de santo que eu carregava na coroa oxum e ynhaça e oxossi mas nao falou a qualidade desta oxum por favor me diga obrigada

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