Ayrà
Normalmente confundido com Xangô, no Brasil, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Xangô. Airá é uma divindade da região de Savé muito embora não existam registros de iniciação para ele nessas terras, seu culto está restrito ao seu templo em Savé, Nigéria. No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gêmeo de Xangô, o que é verdadeiramente um absurdo.
Segundo as casas de culto ao orixá, este orixá veste-se de branco e tem profundas ligações com Oxalá. Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, nem com sal e sim com banha de ori africana. Comeria quiabos, assim como Xangô e Iroko.
Airá era um Orixá no fundamento de Xangô, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Por essa rivalidade com Xangô, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Xangô. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas pode ser relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho, redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos. Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Xangô e Aganjú.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá seria uma face mais amena e pacífica de Xangô. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Xangô, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Xangô, em sua grande maioria, os filhos de Xangô estão sendo iniciados em outros Orixás.
Ao contrário de Xangô, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo como Xangô. Este fato, pode ser evidenciado em uma de suas cantigas que diz: "A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho como um tambor".
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma ação mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã é seria ele quem estabelece sua vontade.
Escultura de Xango Casa Branca.
A tradição da Fogueira foi criada por associação ao santo Católico São João, pois na África este ato é inexistente. Em alguns terreiros de candomblé algumas pessoas afirmam que Airá é uma das qualidades de Xangô. Ele costuma ser visto como uma face mais branda e calma do deus do fogo. Airá Intilé
Não existem qualidades de Orixá algum, Intilé é apenas um título de Airá que quer dizer "O dono da Casa" Airá Ibonã
Como já foi dito, não existem qualidades de Orixá algum. Ibonã nada mais é que um título que quer dizer: Ibonã = Quente ou Ibonã = Febril. Este é um título ostentado por muitos outros Orixás, um bom exemplo é o Orixá Omolu. Airá Osi
Mais um título de Airá que quer dizer Osi = Esquerda
PERSONALIDADES DOS FILHOS DE AIRA .
.Normalmente confundido com Xangô, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Xangô. Airá é uma divindade da região de Savé, Nigéria.
No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gémeo de Xangô, o que é verdadeiramente um absurdo.
Airá é um Orixá no fundamento de Xangô.
Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma acção mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã e seria ele quem estabelece sua vontade.
Reza a história que Oxalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino do filho Xangô. Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e Xangô resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino e convidou alguns Orixás em sua homenagem.
No entanto, Oxalá estava alquebrado, ferido e entristecido. Apesar da atenção que recebeu, só queria retornar a Ifé, seu reino, onde a esposa Iemanjá, o aguardava. Xangô não podia acompanhá-lo e pediu a Airá se não se importava que fizesse isso. A viagem foi muito demorada, pois Oxalá recuperava dos ferimentos recebidos em sete anos de prisão, andava muito devagar e Airá muitas vezes teve de levá-lo às costas. Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Oxalá sentia frio e precisava descansar. Para aquecê-lo e distraí-lo dos próprios pensamentos, Airá acendia uma grande fogueira. Oxalá observava o fogo e Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oyó. Desse modo, tornou-se tradição acender a fogueira no dia 29 de Junho, em homenagem a Airá e à viagem que fez em companhia de Oxalá.
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.PERSONALIDADES .
Os filhos de Airá, são autoritários, voluntariosos, enérgicos, calmos, teimosos e orgulhosos. Pessoas elegantes e corteses, risonhos, possuem um misto de severidade e benevolência, um senso elevado de justiça, consciência de sua importância real ou suposta, são dotados de bom coração, não sabem guardar segredos, faladores, apegados à família, sinceros, altivos e sensíveis.
São conhecidos por terem uma personalidade forte, discurso seguro com dons especiais. Os filhos de Airá chamam a atenção de todos. São dotados de um grande poder de liderança e inteligência muito marcantes. São também exímios profissionais talhados para liderarem SEMPRE! São carinhosos, amantes fervorosos e insaciáveis. Mas são também extremamente possessivos e altamente inseguros. Sentindo-se encurralados preferem morrer a entregarem-se, sendo mesmo o mais provável partirem para o ataque impiedosamente. Os filhos de Airá são considerados jovens guerreiros, lutam pelo que querem, mas às vezes deixam-se enganar pela impetuosidade.
O que pedir a este Orixá : Justiça, sabedoria para tomar decisões, bom senso.
AYRA
Airá era um Orixá no fundamento de Xangô, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Por essa rivalidade com Xangô, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Xangô. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas é relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho. Redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos.
Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje.
Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Xangô e Aganjú.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá é visto como uma face mais amena e pacífica de Xangô. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Xangô, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Xangô, em sua grande maioria, os filhos de Xangô estão sendo iniciados em outros Orixás.
Ao contrário de Xangô, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo e colérico. Este caráter mais ameno, pode ser evidenciado em uma de suas cantigas que diz:
"A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho como um tambor".
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá a estabelece e possui uma ação muito mais direta em sua imposição, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã e seria ele, Airá, quem estabelece sua vontade.
Apesar de Ayra ser considerado por muitos como uma qualidade ou caminho de Sango, não é. Ayra era, como contam alguns itans, um dos súditos de Sango, talvez um de seus escravos, que a pedido do rei, acompanhou Obatala até sua casa após uma visita às terras de Sango. Obatala, apreciando muito a companhia de Ayra, requisitou que ficasse para sempre com ele. Ayra passa a viver com Obatala se adaptando aos gostos do Pai. Diferentemente de Sango, Ayra não come azeite de dende e veste-se totalmente de branco. Três caminhos de Ayra são conhecidos, Igbona, Intile e Adja Osi, sendo o primeiro mais ligado a Sango e tem como símbolo as fogueiras.
Ayra é o verdadeiro Oba Koso, tendo ganhado este posto em certa ocasião, quando Sango o pede para buscar a coroa que estava guardada na casa dos mortos por Oya, que temia por seu amado em ocupar o trono de Koso. Para entrar na casa dos mortos, Ayra se utiliza do Agere, que consistia em uma vasilha contendo bolas de algodão embebidas com dendê em chamas que Ayra tirava uma a uma e as colocava na boca, com isso ele conseguia enxergar e localizar Ade Baiyani, que era o nome desta coroa, ela só podia ser carregada sobre a cabeça, e ela escolhia em que cabeça queria ficar, Ayra após levar Ade Baiyani até Sango, este não consegue suporta-la sobre sua cabeça, e a devolve a Ayra, neste momento o povo de Koso ovaciona Ayra como o novo rei. Cantando:
Oba Koso Ayra e
Ayra inan
Oba Koso Ayra e
Ayra inan
Títulos de Airá
Intilè - veste branco e é ligado a Yemanja Sobà e Osun Karé. Foi ele quem carregou Oxàlúfan nos ombros e tentou coloca-lo contra Xàngó , dizendo que ele teria passado os sete anos na prisão por culpa de seu filho, Xàngó. Por isto existe uma kizila entre Ayrà e Xàngó , não podendo Ayrà ser posto em cima do pilão , pois provoca a ira de Oxàlúfan. Come com Exù. É o filho rebelde de Obatalá. Ayrá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá.
Um dia, Obatalá juntou-se a Oduduwa e ambos decidiram pregar uma reprimenda em Intilé. Estava Intilé na casa de uma de suas amantes, quando os dois velhos passaram à porta e levaram seu cavalo branco. Ayrá Intilé percebeu o roubo e sabedor que dois velhos o haviam levado seu cavalo predileto, saiu no encalço. Na perseguição gritava e esbravejava quando encontrou Obatalá. O velho não se fez de rogado, gritou com Intilé, exigindo que se prostrasse diante dele e pedisse sua benção. Pela primeira vez Airá Intilé havia se submetido a alguém. Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas. Foi então que Obatalá desfez os colares de Airá Intilé e alternou as contas encarnadas com as contas brancas de seus próprios colares.
Obatalá entregou a Intilé seu novo colar, vermelho e branco. Daquele dia em diante, toda terra saberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez com que Airá Intilé o levasse de volta a seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas. Neste caminho apresenta características que dá a seus filhos um ar altivo e de sabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido.
Igbóna - É um título de Airá que significa floresta de fogo, faz referência ao ato da fogueira em que Airà a acendia em reverência a Xangô. É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança acompanhado de Iansã, pisando as brasas incandescentes. Conta o mito que Ibonã foi criado por Dadá, que o mimava em tudo o que podia. Não havia um só desejo de Ibonã que Dadá não realizasse. Um dia Dadá surpreendeu Ibonã brincando com as brasas do fogão, que não lhe causavam nenhum dano. Desde então, em todas as festas do povoado, lá estava Airá Ibonã, sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras. Neste caminho apresenta características onde seus filhos têm espírito jovem, perigoso, violento, intolerante, mas são brincalhões, alegres, gostam de dançar e cantar.
Adjàosì - É o eterno companheiro de Oxaguiã. Um dia, passando Oxaguiã pelas terras onde vivia Airá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. Sem que Oxaguiã se desse conta, Airá trocou suas vestes vermelhas pelas brancas dos guerreiros de Oxaguiã, misturando-se aos soldados do rei de Ejibô. No caminho encontraram inimigos ao que Osi, medroso que era, escondeu-se atrás de uma grande pedra. Oxaguiã observava a disputa do alto de um monte, esperando o momento certo de entrar nela, mas, para sua surpresa, percebeu que um de seus soldados estava de cócoras, escondido atrás da pedra. Sorrateiramente Oxaguiã interpelou seu soldado e para sua surpresa deparou-se com Airá que chorava de medo, implorando seu perdão, por haver enganado o grande guerreiro branco. Oxaguiã, por sua bondade e sabedoria, compadeceu-se de Airá Osi. No entanto, como punição pela mentira de Airá, decidiu que naquele mesmo dia o jovem voltaria à sua terra natal vestindo-se de branco e nunca mais usaria o escarlate, devendo dedicar-se a arte da guerra para poder seguir com ele em suas eternas batalhas. Seus filhos são considerados jovens guerreiros, lutam pelo que querem, mas as vezes deixam-se enganar pela impetuosidade. São calmos, não tidos a trabalhos intelectuais, são amorosos, alegres e sentimentais.
Módè, Mófè ou Álàmódè - É um título de Ayrá. É considerado o pai das águas quentes, pouco difundido nos terreiros, este Aiyra vem acompanhado de Osun Iyponda. Conta o mito que Modé vestiu-se de Osun para ser confundido durante uma busca para prende-lo, sendo assim, geralmente ele é cultuado sendo "Iyagba", seus animais são fêmeas e seus filhos geralmente mais delicados, ardilosos que choram com facilidade para chegarem ao seu alcance.
Lojó - Título que faz referência à chuva.
Óbómìn, Bómìn ou Ygbómìn - mais um título de Airá. É bom, conselheiro, dono da verdade, reina nas águas junto com Oxun foi ele que Oxalá transformou em seu primeiro ministro. Não faz nada sem perguntar a Oxalá.
Orégedé – Muito guerreiro ele também lutou contra Ogun.
Etinjà - Depende de Ogun para caminhar, é guerreiro e cruel.
Normalmente confundido com Xangô, no Brasil, na verdade é deve ser considerado como uma divindade individual. Pouco se sabe sobre seu culto ou seus ritos, desta forma, passou a ser enxergado como uma qualidade de Xangô. Airá não é de origem Iorubá e seu culto está restrito à região de savé em território Jeje, talvez por esta razão seu culto não tenha expressividade já que nesta região os cultos predominantes são os de Oxumarê, Obaluaiê e de Nanã. É incrível o quanto no Brasil as pessoas transmitem abominações. Alguns sacerdotes sem conhecimento chegam a afirmar que Airá seria irmão de Xangô, quando na verdade não existe nada que fundamente esta afirmação. Não se sabe ao certo sua ascendência por isso Airá é considerado como filho de Iemanjá e Oraniã, assim como Xangô e Aganjú. Em um contesto geral, Airá é considerado como um Orixá Funfun, ou seja, um Orixá que veste branco. É considerado uma divindade de caráter mais passivo, seus fundamentos são relacionados aos elementos água e ar, mas no Brasil, devido a associação com Xangô lhe atribuíram ligação ao elemento fogo. Airá possui uma ligação muito maior com Oxalá do que com Xangô e na verdade tudo o que for oferecido a ele não pode conter o sal, o dendê e jamais deve ter seus assentamentos colocados sobre o pilão. Isso acarreta a cólera dos Orixás. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, e sim com banha de ori africana. Come ebô, ejá e quiabo.
Segundo um mito, criado no Brasil, Oxalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino de seu filho, Xangô, sem que este soubesse do fato. Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quando Xangô finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai, resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino, em sua homenagem.
No entanto, Oxalá estava muito alquebrado e entristecido. Apesar de toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar ao seu próprio reino, em Ifé, onde sua esposa Iemanjá o aguardava. Xangô não podia acompanhá-lo e pediu que Airá o fizesse em seu lugar.
Foi assim que Airá tornou-se servo de Oxalá, pois a viagem foi muito longa já que Oxalá andava muito devagar (conta-se também que Airá carregava Oxalá nas costas) pelo fato de ainda estar se recuperando dos ferimentos que adquirira durante os sete anos de prisão.
Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Oxalá sentia frio e precisava descansar, assim, Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oyó.
Observação: No Brasil, devido aos festejos de São João, criou-se uma tradição de se acender uma fogueira em homenagem a Xangô e a Airá. Na realidade esse ato não existe na África isso foi absorvido dos festejos de São João. A cerimônia que ocorre na África é o Ajerê de Xangô, cerimônia em que o iniciado de Xangô em Oyó carrega um jarro com inúneros orifícios e carregado com fogo sobre sua cabeça. Este ato é representado pelo próprio machado de Xangô.
um itan Ayrá
AYRÀ era um dos servos de confiança de Sango. OSÀLÚFÓN (ÓÒNÍ DE IFÈ ) fez uma visita as terras de Oyo onde Sango (Oba de Oyo) reinava. No caminho de volta Sango se negou a carregar OSÀLÚFÓN até seus domínios como uma forma de submissão a OSÀLÚFÓN, então designou tal missão a Ayrá. Este por sua vez não só ajudou OSÀLÚFÓN como o carregou nas costas até seus domínios. Ayrá tentou tirar partido da situação intrigando OSÀLÚFÓN contra Sango.
Ayra tentou convencer OSÀLÚFÓN que Sango fora o único culpado dele OSÀLÚFÓN, ter passado os sete anos sofrendo maus tratos na prisão de Oyo, acusado de ser o ladrão dos cavalos de Sango. Mas, OSÀLÚFÓN não cedeu a seu veneno e perdoou Sango, que sabedor do acontecido cortou relações com Ayra pela traição. OSÀLÚFÓN ficou grato pela submissão de Ayra e lhe concedeu o título de seu primeiro ministro, fazendo dele seu mais fiél amigo, motivo pelo qual AYRÀ come diferente dos SÀNGÓ.
Foi-lhe concedido comer em sua gamela o arroz, a canjica e o mingau de acaçá, sendo-lhe proibido o dendê e o sal. Por motivo de rivalidade com SÀNGÓ, não se deve colocá-los juntos na mesma casa nem em cima de pilão. Sua gamela é oval e seus ornamentos prateados.
Seu assentamento é na gamela oval e não leva pilão. A fogueira lhe pertence e é acesa pelo lado esquerdo. Dentro da fogueira coloca-se :
oloje iku ike obarainan
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Normalmente confundido com Xangô, no Brasil, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Xangô. Airá é uma divindade da região de Savé muito embora não existam registros de iniciação para ele nessas terras, seu culto está restrito ao seu templo em Savé, Nigéria. No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gêmeo de Xangô, o que é verdadeiramente um absurdo.
Segundo as casas de culto ao orixá, este orixá veste-se de branco e tem profundas ligações com Oxalá. Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, nem com sal e sim com banha de ori africana. Comeria quiabos, assim como Xangô e Iroko.
Airá era um Orixá no fundamento de Xangô, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Por essa rivalidade com Xangô, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Xangô. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas pode ser relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho, redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos. Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Xangô e Aganjú.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá seria uma face mais amena e pacífica de Xangô. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Xangô, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Xangô, em sua grande maioria, os filhos de Xangô estão sendo iniciados em outros Orixás.
Ao contrário de Xangô, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo como Xangô. Este fato, pode ser evidenciado em uma de suas cantigas que diz: "A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho como um tambor".
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma ação mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã é seria ele quem estabelece sua vontade.
Escultura de Xango Casa Branca.
A tradição da Fogueira foi criada por associação ao santo Católico São João, pois na África este ato é inexistente. Em alguns terreiros de candomblé algumas pessoas afirmam que Airá é uma das qualidades de Xangô. Ele costuma ser visto como uma face mais branda e calma do deus do fogo. Airá Intilé
Não existem qualidades de Orixá algum, Intilé é apenas um título de Airá que quer dizer "O dono da Casa" Airá Ibonã
Como já foi dito, não existem qualidades de Orixá algum. Ibonã nada mais é que um título que quer dizer: Ibonã = Quente ou Ibonã = Febril. Este é um título ostentado por muitos outros Orixás, um bom exemplo é o Orixá Omolu. Airá Osi
Mais um título de Airá que quer dizer Osi = Esquerda
PERSONALIDADES DOS FILHOS DE AIRA .
.Normalmente confundido com Xangô, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Xangô. Airá é uma divindade da região de Savé, Nigéria.
No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gémeo de Xangô, o que é verdadeiramente um absurdo.
Airá é um Orixá no fundamento de Xangô.
Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma acção mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã e seria ele quem estabelece sua vontade.
Reza a história que Oxalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino do filho Xangô. Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e Xangô resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino e convidou alguns Orixás em sua homenagem.
No entanto, Oxalá estava alquebrado, ferido e entristecido. Apesar da atenção que recebeu, só queria retornar a Ifé, seu reino, onde a esposa Iemanjá, o aguardava. Xangô não podia acompanhá-lo e pediu a Airá se não se importava que fizesse isso. A viagem foi muito demorada, pois Oxalá recuperava dos ferimentos recebidos em sete anos de prisão, andava muito devagar e Airá muitas vezes teve de levá-lo às costas. Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Oxalá sentia frio e precisava descansar. Para aquecê-lo e distraí-lo dos próprios pensamentos, Airá acendia uma grande fogueira. Oxalá observava o fogo e Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oyó. Desse modo, tornou-se tradição acender a fogueira no dia 29 de Junho, em homenagem a Airá e à viagem que fez em companhia de Oxalá.
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.PERSONALIDADES .
Os filhos de Airá, são autoritários, voluntariosos, enérgicos, calmos, teimosos e orgulhosos. Pessoas elegantes e corteses, risonhos, possuem um misto de severidade e benevolência, um senso elevado de justiça, consciência de sua importância real ou suposta, são dotados de bom coração, não sabem guardar segredos, faladores, apegados à família, sinceros, altivos e sensíveis.
São conhecidos por terem uma personalidade forte, discurso seguro com dons especiais. Os filhos de Airá chamam a atenção de todos. São dotados de um grande poder de liderança e inteligência muito marcantes. São também exímios profissionais talhados para liderarem SEMPRE! São carinhosos, amantes fervorosos e insaciáveis. Mas são também extremamente possessivos e altamente inseguros. Sentindo-se encurralados preferem morrer a entregarem-se, sendo mesmo o mais provável partirem para o ataque impiedosamente. Os filhos de Airá são considerados jovens guerreiros, lutam pelo que querem, mas às vezes deixam-se enganar pela impetuosidade.
O que pedir a este Orixá : Justiça, sabedoria para tomar decisões, bom senso.
AYRA
Airá era um Orixá no fundamento de Xangô, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Por essa rivalidade com Xangô, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Xangô. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas é relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho. Redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos.
Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje.
Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Xangô e Aganjú.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá é visto como uma face mais amena e pacífica de Xangô. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Xangô, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Xangô, em sua grande maioria, os filhos de Xangô estão sendo iniciados em outros Orixás.
Ao contrário de Xangô, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo e colérico. Este caráter mais ameno, pode ser evidenciado em uma de suas cantigas que diz:
"A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho como um tambor".
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá a estabelece e possui uma ação muito mais direta em sua imposição, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã e seria ele, Airá, quem estabelece sua vontade.
Apesar de Ayra ser considerado por muitos como uma qualidade ou caminho de Sango, não é. Ayra era, como contam alguns itans, um dos súditos de Sango, talvez um de seus escravos, que a pedido do rei, acompanhou Obatala até sua casa após uma visita às terras de Sango. Obatala, apreciando muito a companhia de Ayra, requisitou que ficasse para sempre com ele. Ayra passa a viver com Obatala se adaptando aos gostos do Pai. Diferentemente de Sango, Ayra não come azeite de dende e veste-se totalmente de branco. Três caminhos de Ayra são conhecidos, Igbona, Intile e Adja Osi, sendo o primeiro mais ligado a Sango e tem como símbolo as fogueiras.
Ayra é o verdadeiro Oba Koso, tendo ganhado este posto em certa ocasião, quando Sango o pede para buscar a coroa que estava guardada na casa dos mortos por Oya, que temia por seu amado em ocupar o trono de Koso. Para entrar na casa dos mortos, Ayra se utiliza do Agere, que consistia em uma vasilha contendo bolas de algodão embebidas com dendê em chamas que Ayra tirava uma a uma e as colocava na boca, com isso ele conseguia enxergar e localizar Ade Baiyani, que era o nome desta coroa, ela só podia ser carregada sobre a cabeça, e ela escolhia em que cabeça queria ficar, Ayra após levar Ade Baiyani até Sango, este não consegue suporta-la sobre sua cabeça, e a devolve a Ayra, neste momento o povo de Koso ovaciona Ayra como o novo rei. Cantando:
Oba Koso Ayra e
Ayra inan
Oba Koso Ayra e
Ayra inan
Títulos de Airá
Intilè - veste branco e é ligado a Yemanja Sobà e Osun Karé. Foi ele quem carregou Oxàlúfan nos ombros e tentou coloca-lo contra Xàngó , dizendo que ele teria passado os sete anos na prisão por culpa de seu filho, Xàngó. Por isto existe uma kizila entre Ayrà e Xàngó , não podendo Ayrà ser posto em cima do pilão , pois provoca a ira de Oxàlúfan. Come com Exù. É o filho rebelde de Obatalá. Ayrá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá.
Um dia, Obatalá juntou-se a Oduduwa e ambos decidiram pregar uma reprimenda em Intilé. Estava Intilé na casa de uma de suas amantes, quando os dois velhos passaram à porta e levaram seu cavalo branco. Ayrá Intilé percebeu o roubo e sabedor que dois velhos o haviam levado seu cavalo predileto, saiu no encalço. Na perseguição gritava e esbravejava quando encontrou Obatalá. O velho não se fez de rogado, gritou com Intilé, exigindo que se prostrasse diante dele e pedisse sua benção. Pela primeira vez Airá Intilé havia se submetido a alguém. Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas. Foi então que Obatalá desfez os colares de Airá Intilé e alternou as contas encarnadas com as contas brancas de seus próprios colares.
Obatalá entregou a Intilé seu novo colar, vermelho e branco. Daquele dia em diante, toda terra saberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez com que Airá Intilé o levasse de volta a seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas. Neste caminho apresenta características que dá a seus filhos um ar altivo e de sabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido.
Igbóna - É um título de Airá que significa floresta de fogo, faz referência ao ato da fogueira em que Airà a acendia em reverência a Xangô. É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança acompanhado de Iansã, pisando as brasas incandescentes. Conta o mito que Ibonã foi criado por Dadá, que o mimava em tudo o que podia. Não havia um só desejo de Ibonã que Dadá não realizasse. Um dia Dadá surpreendeu Ibonã brincando com as brasas do fogão, que não lhe causavam nenhum dano. Desde então, em todas as festas do povoado, lá estava Airá Ibonã, sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras. Neste caminho apresenta características onde seus filhos têm espírito jovem, perigoso, violento, intolerante, mas são brincalhões, alegres, gostam de dançar e cantar.
Adjàosì - É o eterno companheiro de Oxaguiã. Um dia, passando Oxaguiã pelas terras onde vivia Airá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. Sem que Oxaguiã se desse conta, Airá trocou suas vestes vermelhas pelas brancas dos guerreiros de Oxaguiã, misturando-se aos soldados do rei de Ejibô. No caminho encontraram inimigos ao que Osi, medroso que era, escondeu-se atrás de uma grande pedra. Oxaguiã observava a disputa do alto de um monte, esperando o momento certo de entrar nela, mas, para sua surpresa, percebeu que um de seus soldados estava de cócoras, escondido atrás da pedra. Sorrateiramente Oxaguiã interpelou seu soldado e para sua surpresa deparou-se com Airá que chorava de medo, implorando seu perdão, por haver enganado o grande guerreiro branco. Oxaguiã, por sua bondade e sabedoria, compadeceu-se de Airá Osi. No entanto, como punição pela mentira de Airá, decidiu que naquele mesmo dia o jovem voltaria à sua terra natal vestindo-se de branco e nunca mais usaria o escarlate, devendo dedicar-se a arte da guerra para poder seguir com ele em suas eternas batalhas. Seus filhos são considerados jovens guerreiros, lutam pelo que querem, mas as vezes deixam-se enganar pela impetuosidade. São calmos, não tidos a trabalhos intelectuais, são amorosos, alegres e sentimentais.
Módè, Mófè ou Álàmódè - É um título de Ayrá. É considerado o pai das águas quentes, pouco difundido nos terreiros, este Aiyra vem acompanhado de Osun Iyponda. Conta o mito que Modé vestiu-se de Osun para ser confundido durante uma busca para prende-lo, sendo assim, geralmente ele é cultuado sendo "Iyagba", seus animais são fêmeas e seus filhos geralmente mais delicados, ardilosos que choram com facilidade para chegarem ao seu alcance.
Lojó - Título que faz referência à chuva.
Óbómìn, Bómìn ou Ygbómìn - mais um título de Airá. É bom, conselheiro, dono da verdade, reina nas águas junto com Oxun foi ele que Oxalá transformou em seu primeiro ministro. Não faz nada sem perguntar a Oxalá.
Orégedé – Muito guerreiro ele também lutou contra Ogun.
Etinjà - Depende de Ogun para caminhar, é guerreiro e cruel.
Normalmente confundido com Xangô, no Brasil, na verdade é deve ser considerado como uma divindade individual. Pouco se sabe sobre seu culto ou seus ritos, desta forma, passou a ser enxergado como uma qualidade de Xangô. Airá não é de origem Iorubá e seu culto está restrito à região de savé em território Jeje, talvez por esta razão seu culto não tenha expressividade já que nesta região os cultos predominantes são os de Oxumarê, Obaluaiê e de Nanã. É incrível o quanto no Brasil as pessoas transmitem abominações. Alguns sacerdotes sem conhecimento chegam a afirmar que Airá seria irmão de Xangô, quando na verdade não existe nada que fundamente esta afirmação. Não se sabe ao certo sua ascendência por isso Airá é considerado como filho de Iemanjá e Oraniã, assim como Xangô e Aganjú. Em um contesto geral, Airá é considerado como um Orixá Funfun, ou seja, um Orixá que veste branco. É considerado uma divindade de caráter mais passivo, seus fundamentos são relacionados aos elementos água e ar, mas no Brasil, devido a associação com Xangô lhe atribuíram ligação ao elemento fogo. Airá possui uma ligação muito maior com Oxalá do que com Xangô e na verdade tudo o que for oferecido a ele não pode conter o sal, o dendê e jamais deve ter seus assentamentos colocados sobre o pilão. Isso acarreta a cólera dos Orixás. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, e sim com banha de ori africana. Come ebô, ejá e quiabo.
Segundo um mito, criado no Brasil, Oxalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino de seu filho, Xangô, sem que este soubesse do fato. Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quando Xangô finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai, resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino, em sua homenagem.
No entanto, Oxalá estava muito alquebrado e entristecido. Apesar de toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar ao seu próprio reino, em Ifé, onde sua esposa Iemanjá o aguardava. Xangô não podia acompanhá-lo e pediu que Airá o fizesse em seu lugar.
Foi assim que Airá tornou-se servo de Oxalá, pois a viagem foi muito longa já que Oxalá andava muito devagar (conta-se também que Airá carregava Oxalá nas costas) pelo fato de ainda estar se recuperando dos ferimentos que adquirira durante os sete anos de prisão.
Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Oxalá sentia frio e precisava descansar, assim, Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oyó.
Observação: No Brasil, devido aos festejos de São João, criou-se uma tradição de se acender uma fogueira em homenagem a Xangô e a Airá. Na realidade esse ato não existe na África isso foi absorvido dos festejos de São João. A cerimônia que ocorre na África é o Ajerê de Xangô, cerimônia em que o iniciado de Xangô em Oyó carrega um jarro com inúneros orifícios e carregado com fogo sobre sua cabeça. Este ato é representado pelo próprio machado de Xangô.
um itan Ayrá
AYRÀ era um dos servos de confiança de Sango. OSÀLÚFÓN (ÓÒNÍ DE IFÈ ) fez uma visita as terras de Oyo onde Sango (Oba de Oyo) reinava. No caminho de volta Sango se negou a carregar OSÀLÚFÓN até seus domínios como uma forma de submissão a OSÀLÚFÓN, então designou tal missão a Ayrá. Este por sua vez não só ajudou OSÀLÚFÓN como o carregou nas costas até seus domínios. Ayrá tentou tirar partido da situação intrigando OSÀLÚFÓN contra Sango.
Ayra tentou convencer OSÀLÚFÓN que Sango fora o único culpado dele OSÀLÚFÓN, ter passado os sete anos sofrendo maus tratos na prisão de Oyo, acusado de ser o ladrão dos cavalos de Sango. Mas, OSÀLÚFÓN não cedeu a seu veneno e perdoou Sango, que sabedor do acontecido cortou relações com Ayra pela traição. OSÀLÚFÓN ficou grato pela submissão de Ayra e lhe concedeu o título de seu primeiro ministro, fazendo dele seu mais fiél amigo, motivo pelo qual AYRÀ come diferente dos SÀNGÓ.
Foi-lhe concedido comer em sua gamela o arroz, a canjica e o mingau de acaçá, sendo-lhe proibido o dendê e o sal. Por motivo de rivalidade com SÀNGÓ, não se deve colocá-los juntos na mesma casa nem em cima de pilão. Sua gamela é oval e seus ornamentos prateados.
Seu assentamento é na gamela oval e não leva pilão. A fogueira lhe pertence e é acesa pelo lado esquerdo. Dentro da fogueira coloca-se :
oloje iku ike obarainan
muito bom.adorei
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ResponderExcluirGostei
ResponderExcluirMuito bonita a história de meu pai ayra
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ResponderExcluirBom dia !
ResponderExcluirDentro da fogueira coloca-se :
O Sr pode responder o que vai dentro da fogueira?
Ate que fim alguem tem coragem e sabedoria pra falar de ayrá.parabéns.
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