quarta-feira, 19 de novembro de 2014

CAMINHOS DE OXUM
Ygimun é de grande importância dentro da casa de santo.
Está ligada à Xangô por se tratar de um acordo do culto aos Deuses africanos, pois esse Deus das rochas detinha o mineral e ela, Ygimum, detinha os espíritos e todas as essências iniciais da natureza.
O acordo foi em que ela necessitava de um corpo sólido para embutir e guardar os espíritos ou as Essências Divinas da Natureza ( Os Orixa ) porém, ele queria dominar os últimos espíritos livres que residiam nas águas profundas e misteriosas de Ygimum.
O acordo deu-se quando a barganha foi selada, pois o rei Xangô lhe ofertou um otá e Ygimum o usou como recipiente (corpo), o otá, pode abrigar qualquer ser , espírito, energia, elemental e até mesmo um Orixá.
Xangô passou a ser o chefe dos espíritos em toda a sua natureza, na água, no fogo, no ar, na terra e em todos os campos e elementos.
E é ela quem guarda as pedras (16 + 1) 17 Okutás, que serão doados por ela, para os assentamentos de todas as outras Oxuns e outros seres e Orixás que serão preparadas no Axé.
É importante, é que no caso de falecimento, esta Iya (Assentamento) não pode ser despachada, pois o mito continua e, é daquele assentamento que continuará saindo os Okutas para as outras feituras de Oxun no Ilê axé.
Se não houver ninguém para dar continuidade ao mito, ninguém para herdar ou tomar conta do Axé, cabe ao sacerdote que estiver fazendo as obrigações do Axexê, devolver aqueles Okutas as águas da cachoeira.
Para isto, deve-se ter um Xangô virado, para que ele com suas próprias mãos devolva às águas os Okutas que sobraram.
Oxum Ajagurá - Outra Oxum guerreira que leva espada ou abebé, jovem, casada com Xango Aganju, rival de Yansã. Representa um tipo muito semelhante a Apara; Apara parece, porém mais agressiva, e Ajagurá mais orgulhosa.
Senhora de todas as aves de penas coloridas e aves aquáticos e terrestres.
Responsável pelo Ekodidé e pela hora da apresentação do Iyawô a sociedade. Tem um enredo com Aganju, uma qualidade de Xangô mais carregado e ligado ao fogo. Jovem e guerreira. Pertence à nação nagô.
OXUM ABALU
Agba ilu - É uma velha Oxum, a mais idosa de todas, e chefe das mulheres. Maternal avó amorosa é uma mulher que tem numerosos filhos e netos. Mas é bastante severa e autoritária. Usa azul claro. E abèbé.
Também chamada de ABALÔ, aquela que carrega ogum, tem caminhos com Iansã). Uma das Oxuns não menos vaidosa e guerreira, Oxum Abalô, como também é chamada. E que trata-se de uma Oxun velha, vestida de branco e azul claro. Lembrando sua ligação com as nascentes, o principio de tudo.
É muito ciumenta e adora receber hortênsias como oferenda. Sua ligação com OMOLÚ, o orixá da peste, tido como o médico dos pobres, é notável e segundo dizem, acompanha este orixá em suas andanças pelos quatro cantos do mundo. É bastante severa e autoritária.
Seu culto é realizado nas nascentes dos rios. É a Oxum das nascentes e dos encontros das águas doces e salgadas. Ela deu origem ao nome da cidade de Osogbo. Òsun que ajuda as mulheres terem filhos.
Oxum Iya Omi - É a Oxum saudada no Xirê, tambem idosa. É aquela que faz as perguntas a Exu no jogo divinatório de Ifá.
OXUM Ê WIJ Í - Oxum extremamente maternal e generosa, saudada no Pade e senhora do Ronkó (Hunko)
Oxum Ayalá teria sido mulher de Ogun com quem trabalhava na forja, acionando o fole para atiçar as brasas. Conta à lenda que o fole acionado por Oxum
Ayalá produzia um som ritmado e muito agradável. Atraído por este som, Egun pôs-se a danç
ar diante da ferramentaria, atraindo um grande número de assistentes que por ali passavam. Encantados com o bailado de Egun os passantes lhe fizeram muitas oferendas de dinheiro, o que o deixou feliz e
vaidoso. Ao saber que Egun estava ganhando dinheiro com sua apresentação, Oxum exigiu que metade da renda obtida fosse dividida com ela,caso contrário, não acionaria mais o fole que produzia o ritmo sem o qual Egun não poderia mais dançar. Sem alternativas, Egun teve que aceitar a exigência da Yagbá passando, a partir de então, a dividir com ela tudo o que ganhava em suas apresentações. Esta Oxum além de sua ligação com Ogun Alagbede tem sérios fundamentos com Egun.
Esta Oxun vive em cima de um pilão, come inhame e, junto dela deve-se manter sempre, um inhame cru. tem estreito caminho com ógum elegbede ou Akoro, vive ao lado de Osogiyan e Orunmilá. Teria sido a primeira a se manifestar numa cabeça humana. Veste-se inteiramentede branco e seu fio de contas é de nácar e coral com gomos de contas verdes e amarelas (de Orunmilá). Trata-se de uma Oxun muito misteriosa. Tem estreitas ligações com Osogiyan,, chegando, por vezes, a ser confundida com ele.
Esta Oxun, , foi quem ajudou Orunmilá a esquartejar um elefante. É estreitamente ligada com as Iyamí é feiticeira e perigosa.
OPARÁ....
Opará, também chamada de Apará, assim como todas as Iyagbás, também é uma divindade das águas. É confundida como uma qualidade de Oxum devido a similaridade dos cultos, mas na realidade se trata de uma divindade a parte.
Opará nas
ce da união de Xangô com Obá e é uma divindade muito perigosa.Para outros estudiosos Yobà não deu filhos Xangô, somente Ogun pode domá-la, daí Opará ser filha de Ògun e Yobà após Ogun a posuui-la depois de derrota-la, etc, etc....outros estudiosos afirmam que ela conheceu aguerra com ógum e não possui parentesco.
No Brasil Opara tem sua liturgia completamente oposta a Yobà e Xangô., Opará a Senhora da espada é única, ligada a Ogun sobretudo e com ele conhece a guerra, come akará em rodelas frigidas no dendê ou na forma de bolinhos (akarajé).
A maternidade que é umas das marcas de Oxum não existe em Opará.
Era Oxum quem se encarregava de cuidar da prole do Deus das Tempestades, enquanto ele guerreava.
No caso de Opará ocorreu o mesmo, ela foi criada por Oxum, já que Yobá, assim como Oyá, acompanhava Xangô em suas contendas.
Opará herda o temperamento forte e a agressividade natural de Yobá e a malícia e a vaidade de Oxum, tornando-se assim, a mais quente e agressiva de todas as Iyagbás, superando até mesmo a própria mãe.
Opará é uma divindade feminina equivalente a Exú. É uma Deusa da Guerra, indomável. Uma poderosa amazona que une força e vaidade. Rege os ventos da noite, a umidade do ar e as águas puras que se intercalam entre abundância e escassez absoluta. Seu fundamento maior é quando o Raio (Xangô) toca as Águas (YObá).
Opará é impiedosa, arrogante e de carácter punitivo, mas apesar das desavenças entre Oxum e Obá, é muito próxima de YObá, bem como de Oxum, de quem recebeu o Espelho de Ikú ( uma espécie de espelho encantado que traz a morte para quem o olhar).
Asim como os pais, Opará possui forte ligação com a morte e, assim como Oxum, possui ligação com as Eleyés.
Yanle (banquete) de Òpara ou Iya Akparo:
Obuko Oda (cabrito novo castrado), 3 Aparo (codornas), Etu (D’angola), Adiyé (franga nova), Eja (peixe), Eiyele (pombo caseiro), Pepeye-nla (gansos), Okinre (faisão), Tulutulu (peru), Akara, Oyin, Eko, Ewe-tuntun (Alface), Obi abata, Shekete (cerveja), Epo em quantidade.
Tabu: Óleo de Adin, Ila (baba do quiabo), Água parada ou represada, Coroa com Iboju (franja) que tapam os olhos.
Iya Òpara sempre dá uma parte do sacrifico para Eshù e Yemonja, isso quando houver sacrifício
oloje iku ike obarainan

Nenhum comentário:

Postar um comentário