quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Qualidades de Orisás
Qualidades dos Orixás
Como disse o grandíssimo T´ogun em seu livro não existe qualidade de orixá, pois qualidade, segundo ele, seria de sabão em pó, sabonete etc, porém na minha visão o que falaremos não teria outro termo a não o de se chamar apenas de qualidade.
O que vem a ser qualidade?
Na realidade se levarmos em conta o real significado da palavra “qualidade” não estaríamos usando o termo correto no sentido do dicionário, porém são varias as conotações e denotações na Língua Portuguesa.
Quando os negros aqui chegaram de várias cidades africanas diferentes, trouxeram várias formas de se assentar orixás. Temos como exemplo os que vieram da região do Daomé, Atual República do Benin, só faziam os orixás nana, omulu, e oxumare, os que vinham da de outras regiões, só faziam os orixás daquela região, como por exemplo Oyo fazia-se só vários xangôs, os de Ketu, só os odes e assim por diante. Ao chegar aqui no Brasil esses conhecimentos o que antes era de sabedoria de uma região, uma cidade ou uma tribo, passou a ser todo ele conhecido em uma só casa, sendo assim o Baba ou Iya que só sabia fazer xangô, por exemplo, começou a ter acesso aos fundamentos para ser feitos um Oxossi, uma Oxum, um Ogun etc. Se continuarmos a análise veremos que também um zelador de uma determinada Região que detinha o conhecimento para fazer um Oxossi também naquela mesma região diferia o modo de fazer e assentar de cidade para cidade, o que veio no Brasil se reconhecido com o que chamamos de QUALIDADE.
Nesta parte da minha página não terei a pretensão de discordar ou concordar ou de mesmo de passar orôs, ou mesmo discutir se o termo QUALIDADE estaria certo ou errado, porém se estiver errado o que tentarei passar são as várias formas de se conhecer como era visto os Orixás, como eram o cultuados em várias tribos, cidades e regiões diferentes.
Qualidades do Orixá Esu
Exu Oro
Exu Oro é o responsável pela transmissão do poder através da (ala. Ele é quem d á para os sacerdotes e sacerdotisas o poder de acionar as força espirituais através das evocações sagradas: preces , encantações , cânticos . Existem algumas palavras de grande axé usadas nos rituais sagrados que muitas vezes não se conhece a tradução. Elas funcionam como códigos para abrir certos portais do mundo Invisível (ORUN), acionando o poder para transformar nossas vidas. Somente Exu Oro conhece estes segredos, e somente ele pode dar a autorização necessária para entrarmos nestes mistérios.
Oriki : Exu Oro ma ni ko. Ex u Oro ma ja ko. Exu Oro Tohun tire site. Exu Oro Ohun Otohun ni ima wa kiri. Axé .
Tradução; O Divino Mensageiro do Poder da Palavra causa confronto. Divino Mensageiro do Poder da Palavra n ã o me cause confronto. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem a voz do poder. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem uma voz que ressoa por todo o Universo.
Que assim seja (axé).
Exu Opin
É o Exu que deve ser evocado sempre que queremos estabelecer um local como sagrado. É ele quem faz a demarca çã o dos limites que separam o espaço sacratizado do espaço comum. Fazem-se uma construção qualquer e nela queremos instalar os nossos assentamentos de Orix á s, al é m de evocar o exu do nosso caminho pessoal ser á necessário pedir a Exu Opin que aceite uma oferenda para consagrar o lugar. A partir daquele local deve passar a ser usado exclusivamente para fins rel i g i oso, e deve haver uma separação bem n í tida entre este espaço e o espa ç o livre para a circula çã o. No caso de se colocar, por exemplo, um assentamento dentro de casa, é aconselhável colocá-lo sobre uma esteira e, se poss í vel cercar com vota com uma outra esteira. Sempre pedindo a exu Opin para sacratizar o ambiente, n ã o importa a localiza ção ou tamanho. Isto é válido, também, para os ambientes ritualísticos estabelecidos ao ar Iivre.
Exú GOGO
Este caminho de Exu quatro o *Divino Executor*. É conhecido tamb é m como o Ex u respons á vel peta recompensa divina a todos os atos dos seres humanos (e tamb é m dos seres espirituais). Exu Gog ó conhece todas as nossas reencarna çõ es • estende sua a çã o atrav é s destes diversos ciclos encarnat ó rios. Aquilo que costumamos chamar lei do retomo é exatamente a função do exú Gogó fazer este retorno acontecer: O bem recompensado com o bem; o mal recompensado com o mal. Dentro destas atribui çõ es de cobran ç a espiritual e material encontra-se sempre a chance de todos se arrependerem, pagarem por seus erros e tomarem um outro ritmo de vida. Quando Isto não acontece numa vida, poder á ser resgatado numa próxima encarnação.
Oriki
EXÚ GOG Ó O, ORI MI MA JE NKO O. EX Ú GOGO O, OR Í MA JE NKO O. EB LOWO RE GOGO? O OKAN LOWO EX Ú GOG Ó BABA AWO. AXÉ.
Tradução
Divino Mensageiro do Pleno Pagamento, guie minha cabe ç a para o pelo caminho. Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabe ç a para o reto caminho. Quanto tu estas pedindo para o Divino Mensageiro do Pleno Pagamento? O Divino Mensageiro do Pleno Pagamento, o Pai do Mistério, está pedindo por um centavo. Que assim seja.
Exú
Ele é o exú que controla os relacionamentos Interpessoais. Ou seja: amizade, sociedade de negados, casamento, companheirismo de trabalho, vinculo familiar, fraternidade religiosa... Enfim, todos os tipos de relacionamentos s ó possuem um estado de plena compreensão, harmonia e verdadeira colabora çã o quando aprovados por EXÚ WARA. Sempre que se planeja estabelecer um novo vinculo é aconselhável consular Exú Wara e, de preferência, fazer-l he uma oferenda de apaziguamento, para que tudo possa ocorrer sempre na mais perfeita ordem, sem possibilidades de atrito, confusão, mal-entendidos, etc...
Oriki de Exu
EXÚ WARA NA WA O. EXÚ WARA O. EXÚ WARA NA WA KO MI O, EXÚ WARA O. BA MI WA IYAWO O, EXÚ WARA O. MA JE ORI MI O BAJE O, EX Ú WARA O. ME JE ILE MI O DARU. EXÚ WARA O, AXÉ.
Tradução: Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais traga a boa fortuna. Divino Mensageiro dos relacionamentos pessoais. Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais.
AS QUALIDADES MAIS CONHECIDAS SÃO
Exú Elegbára = senhor do poder
Exú Yangi = pedra vermelha de laterita, primeira protoforma existente - água + terra -
Exú Àgbá = pai-ancestre (representação coletiva de todos os exús individuais)
Exú Obá - rei-de-todos
Exú Alakétu = título dado a exú pelos kétu da Bahia - rei do povo Kétu -
Exú Elebo = senhor-das-oferendas
Exú Ojìse-ebo = encarregado-e-transportador de oferendas
Exú Elérú = senhor do erú (carrego)
Exú Olòbe = proprietário e senhor da faca
Exú Enú-gbárijo = explicitador de mensagens
Exú Bara = o rei do corpo (obá + ara) (princípio de vida individual)
Exú Odara = aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente)
Qualidades do Orixá Ogun
Como diz Altair T´ogun em seu livro, não existe qualidade de orixá, mas sim diferentes meios de cultuá-lo baseado em cultura advinda de várias cidades africanas diferentes, porém a partir de hoje estarei escrevendo sobre suas qualidades e começarei com o Orixá Ogun.
- Ògún Meje - É o mais velho de todos, a raiz dos
outros, Ògún completo, velho solteirão rabujento.
- Ôgúnjá - é ura Ògún, como indica seu nome, particularrnente combativo. Amigo do cachorro que lhe é consagrado, é como ele um protetor seguro. Mas tem temperamento rabujento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes..Dizem que acompanha Ogúnté.
- Ògún Ajàká -é o "verdadeiro Ògún guerreiro", sanguinri rio, que em princípio se veste de verme lho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.
- Ògún Xoroke - usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo do colar de Esú, seu irmão e amigo íntimo. "Xoroke é um Ògún que tende a confundir-se com Esú, agitado, instável, suscetível e~manhoso.
- Ogun Meme - veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tona Ògún Wori (Warri, ou wori: Yorübá) - é um Ògún perigoso, dado ã feitiçaria, ligado ao màriwò c aos antepassados.; tem tempera mento difícil, suscetível,autoritário o espírito dogmático.
Ògún Lebede (Alagbede) - é o Ògún dos ferreiros ,mari_ do de Yémánjá Ogúnté e pai de Ògún Ako ro. Representa um tipo mais velho de Ògún, trabalhador consciencioso,severo, que"não brinca em serviço", ciente de seus deveres como de seus direitos, exi­ gente e rabujento.
Ògún Akoró - é o irmão de Òsòsi, ligado ã floresta, qualidade benéfica de Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté , Akoró é um tipo de Ògún jovem e dinâmico, entusiasta,era preendedor, cheio de iniciativa, prote tor seguro, amigo fiel, e muito ligado ã mãe.
Ògún Oniré - é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de Iré, primeiro fi­ lho de Odúduwà. Oniré é um .Ògún antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa tam bém contas verdes. Guerreiro impulsi_ vo, é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados;orgulhoso, mui to impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.
Ògún Olode - é o Ògún dos caçadores, originário de Kétu. Não come galo por .ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e]e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ã Òsòsi.
Igbo - é outro
Ògún Popo – serias o nome de Ògun quando foi a terra dos jeje, é um tipo fanático.
Qualidades do Orixá Odé
Filho de YEMONJA e ÒÒXÀÀLÀ é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os epíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.
Na África era a principal divindade de ILOBU, onde era conhecido pelo nome de YRINLÉ ou INLÉ, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de ILOBU a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.
Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.
ÒXÓÒSÌ é o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sôbre si um pó sagrado, avermelhado, chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torne imine a morte e aos EGUNS.
Sendo êle um rei, carrega o EYRUQUERE ( espanta moscas ) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
Come com ÈXÙ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Êle é um EBORÁ da esquerda. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo. OLODÉ é o ÈXÙ de ÒXÓÒSÌ e como pelo lado esquerdo.
QUALIDADES
YBUALAMO
É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE. Apaixonado por ÒXÚN e vendo-a no fundo do rio, êle atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.
Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com OMOLU AZOANI. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.
INLE
É o filho querido de OXOGUIAN e YEMONJA. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azul claro. É tão amado que OXOGUIAN ysa em suas contas uma azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe ( todos os bichos ) e tem fundamento com ÒGÚN JÁ.
DANA DANA
Tem fundamento com ÈXÙ, ÒSÓNYÍN. ÒXÙMÀRÈ e OYA. É êle o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer EGUN e a própria morte. Veste azul claro.
- AKUERERAN
Tem fundamento com ÒXÙMÀRÈ e ÒSÓNYÍN. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Êle é o dono da fartura. Êle mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tira-se as penas e solta-se o bicho.
OTYN
Guerreiro e muito parecido com seu irmão ÒGÚN, vive na companhia dêle, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente, esta sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, contas azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a ÒGÚN.
MUTALAMBO
Tem fundamento com ÈXÙ.
GONGOBILA
É um ÒXÓÒSÌ jovem. Tem fundamento com ÒÒXÀÀLÀ e ÒXÚN.
KOIFÉ
Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com ÒSÓNYÍN e vive muito escondido dentro das matas, sòzinho. Suas contas são azuis clara, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se KOIFÉ e faz-se YBO, YNLÉ ou ÒXÚN KARÉ; trinta dias após, faz-se toda a matança.
AROLÉ
Propicia a caça abundante. É invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de ÒXÓÒSÌ. Um verdadeiro rei de KÉTU. As pessoas dêle são muito antipáticas. Jovem e romantico, gosta de manorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com ÒGÚN e ÒXÚN. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é agil na arte de caçar.
ODE KARE
É ligado as águas e a ÒXÚN, porém os dois não se dão bem, pois, exercem as mesmas forças e funções. Come com ÒXÚN e ÒÒXÀÀLÀ. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador, mora sempre perto das fontes.
ODÉ WAWA
Vem da orígem dos Òrixás caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com ÒÒXÀÀLÀ e XÀNGÓ, pois, dizem que êle fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se êle e faz-se AIRÁ ou ÒXÚN KARÉ.
ODÉ WALÈ
É velho e usa contas azul escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austério, solteirão e não gosta das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com ÈXÙ e ÒGÚN.
ODÉ OSEEWE OU YBO
É o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto.
SUAS ERVAS
- João borandi, São Gonçalinho, espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca, saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo Antonio caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha ( folhas ) , pitanga, rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.
LENDA
Conta-se que um grande caçador entrou na mata com seu filho, LOGUNEDE, ensinando-lhe a arte de caçar e manejar o arco e a flecha, Após inúmeras caçadas, LOGUN sentou-se embaixo de uma árvore para descançar. Nessa árvore pousou um pássaro e ÒXÓÒSÌ preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio pássaro e, também, uma colméia de abelhas. Elas foram cair justamente sôbre a cabeça de LOGUNEDE, que sem ter como se defender foi picado. ÒXÓÒSÌ vendo o desespero do filho, correu a acudi-lo, sendo mordido várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer, pôs-se a chorar. Eis que o Òrixá OMOLÚ vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de LOGUNEDE, pois, a criança estava morrendo. OMOLÚ tirou de sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sôbre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ÒXÓÒSÌ, curando-o completamente.
ÒXÓÒSÌ então disse-lhe: Senhor dos aflitos, ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos juntos. OMOLÚ agradeceu e seguiu seu caminho. Então ÒXÓÒSÌ jurou que nunca mais comeria o mel, pois, o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu filho. Por isso ÒXÓÒSÌ não leva mel e LOGUNEDE é lavado com açucar mascavo e gengibre. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar AZOANI. Tem que ter um pedaço de colméia para quando LOGUN chegar, depois enrola-se num murim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de LOGUN comerem palmito, figado de boi e caças.
Parece que existe, para cada òrì s à que conhecemos, uma “qualidade” que é logo citada por alguém, mas, como costumo dizer aos meus amigos, para mim só existem qualidades é de sabonete, sabão em pó, margarina ; mesmo assim, se formos investigar a fundo veremos que em sua maioria pertencem à mesma indústria, mudando tão somente o nome fantasia, não passando de maquiagem os seus nomes. Tomo primeiramente como exemplo Òsóò sì, onde temos algumas “qualidades” como:
Ode Inlè : É outro òrì s à o d e cujo culto original se perdeu no tempo e como no caso de alguns outros òrì s à, acabou “virando qualidade a mais, de Òsóò sì”.
Ode Ofà: Não é qualidade, significa, “o arco e a flecha do caçador, sendo de Òsóò sì o seu principal apetrecho”.
Ode táfà-táfà: O caçador arqueiro, aquele que exímio atirador de flechas, é predicado que se diz de Òsóò sì.
Ode Dáná-dáná : Literalmente, o caçador acendeu o fogo; quando termina a sua caçada ele acende o fogo para cozinhá-la e preparar sua refeição.
Ode Erìnlè : É também um outro òrìsà ode, que, a exemplo de Inlè, cujo culto também caiu no obscurantismo, acabando por tornar-se “qualidade de Òsóò sì”.
Ode Akúeran: ( Ode ókúeran ); O caçador, aquele que mata animal (a caça), é o que faz todo caçador.
Ode tókúeran: O caçador é quem mata a caça, diz-se da atuação do caçador.
Ode Otókan s ó s ó: Não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo. Título que Òsóò sì recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi E l é y e . Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Òsóò sì era aquele que só tinha uma flecha. Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Òsóò sì com apenas uma flecha, foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito. Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes à Òs ún, mas, também às Ìyámi Eléye . Então, é èèw ò (proibição) para Òsóòsì. Por essa razão também, é que se dá para Òsóò sì o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.
Qualidades do Orixá Sango
Suas cores são o vermelho e branco
Sua saudação é: Kawó kabiyèsílé ! - Venham ver o Rei descer sobre a terra!!
Em sua dançá, o alujá , Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadência se acelera, ele faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, as pedras de raio, e lançá-las sobre a terra.
QUALIDADES
1) Dadá
2) Afonjá
3) Lubé
4) Ogodo
5) Koso
6) Jakuta
7) Aganju
8) Baru
9) Oloroke
10) Airá Intile
11) Airá Igbonam
12) Airá Mofe ou Adjaos
XANGO: AIRÁ (AGOYNHAM); AFONJÁ; AGANJÚ; AGOGO; BARU; ALAFIM
Alguns constam ainda Oranian, que seria seu pai; Dadá seu irmào, Aganju um dos seus sucessores, Ogodo que segura dois oxés, sendo o seu èdùn àrà composto de dois gumes e é originário de tapá; Os Airá seriam muito velhos, sempre vestidos de branco e usando segi (contas azuis) em lugar dos corais vermelhos, e seriam originários da região de Savê.
Qualidades de Obaluaie
Obalúaiyé é o rei da terra, o "Velho" que leva o
Na Nigéria os Owo Érindínlogun adoram Obàluáyê e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó.
Sua Saudação é "Atoto" quer dizer; Silêncio, escutai; hora da devoção.
Sua vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraida do Igí-Ògòrò, a "palha da costa", elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto. É composta de duas partes o "Filá" e o "Azé", a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé , seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado "cauçulú", em que oculta o mistério da morte e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.
Sua festa anual é o Olubajé, (Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer ; ou ainda aquele-que-come), são feitas oferendas e são servidas suas comidas votivas, seus "filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem as mesmas aos convidados/assistentes desta festa, em folhas de bananeira ou mamona.
Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, e de nação para nação; carneiro, peixe de rio de couro, caranguejo, carne de porco, pipoca, jaca... Tido como filho de Nànà, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto na África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obàluáyê/Xapanã em Tapá (nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon, trazido pelos nagôs. Em alguns lugares se misturam em outros são deuses distintos, confundido até com Nànà Buruku; Omolu em keto e Abeokutá.
Seu parentesco com Oxumare e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses tres personagens superpostas, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumare) e seu filho Loko (Iroko).
QUALIDADES
Jagun Agbagba (ligação com Oyá)
Omolu
Obàluáyê
Soponna/Sapata/Sakpatá
Afoman/Akavan/Kavungo (ligação com Exú) afomo; contagiante,infeccioso
Savalu/Sapekó (ligação com Nana)
Dasa
Arinwarun (wariwaru) título de xapanan
Azonsu/Ajansu/Ajunsu (ligação com Oxalá, Oxumare)
Azoani (ligação com Yemanjá e Oyá)
Posun/Posuru
Agoro
Tetu/Etetu
Topodun
Paru
Arawe/Arapaná(ligação com oyá)
Ajoji/Ajagun (ligação com Ogun, Oxagian)
Avimaje/Ajiuziun (ligação com Nana, Ossain)
Ahoye
Aruaje
Ahosuji/Segí (Ligação com Yemanjá, Oxumare/Besén
Qualidades do Orixá Obá
(Sua cor é vermelha. Sua saudação: Oba sire [Obá xirê].
QUALIDADES
1) Obá Gideo
2) Obá Rewá
ORIXÁ OBÁ
Dia: Quarta-feira
Data: 30 e 31 de maio.
Metal: Cobre
Pedra: Marfim, coral, esmeralda, olho de leopardo.
Cor: Marron rajado.
Comida: Abará ( massa de feijão fradinho enrolado em folhas de bananeira, acarajé e amalá ( quiabo picado ).
Símbolo: Ofange ( espada ) e escudo de cobre.
- Obasy, rio revolto
- Obasy, mística e idosa, com bons costumes, porém, grosseira.
- Obasy, mulher valente, orixá de uma orelha só.
- Obasy, quando em fúria transborda, agita-se.
Obasy é a senhora da sociedade elekoo, porém no brasil esta sociedade está muito restrita, sendo assim , esta sociedade passou a cultuar egungun. Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orixa. Ela é uma das três esposa de xangô. Oxum aconselhou a ela que retirasse uma das orelhas para dar a xangô em um prato de caruru, ela o fez, quando viu que oxum não tinha feito isso antes, evocou-se e as duas brigaram, xangô em sua ira as expulsou de casa, transformando-as em dois rios.
Tudo relacionado a Obasy é envolto em um clima de mistérios, e poucos são os que entendem seus atos aqui no Brasil. Certas pessoas a cultuam como se fosse da família ji, ao passo que outras a cultuam como se fosse um Xangô fêmea. Obasy e ewa são semelhante, são primas e ambas possuem oro omi osun. Ela usa ofá (arco e flecha) assim como Ewa e ambas são identificadas também com Odé. Obasy usa a festa da fogueira de xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é considerada uma das esposas de xangô mais fieis a ele.
OBA é ORIXÁ ligado a água, guerreira e pouco feminina. Suas roupas são vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa de cobre. Usa um pano na cabeça para esconder a orelha cortada. Conta e lenda que OBA, repudiada por XANGÔ. vivia sempre rondando o palácio para voltar.
XANGÔ fica horrorizado com a mutilação e expulsa-a para sempre. 0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente. Ao contrário de IANSÃ, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas. OBA e um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela. Talvez porque nos dias de hoje, mesmo na África ou Brasil, não há espaço para essas caracteristicas do feminino, que cada vez mais recupera seu poder de YANSÃ.
Estereótipo de Obà
O arquétipo de Obá é a das mulheres valorosas e incompreendidas. Suas tendências um pouco viris fazem-nas freqüentemente voltar-se para o feminismo ativo. As suas atitudes militantes e agressivas são consequências de experiências infelizes ou amargas por elas vividas. Os seus insucessos devem-se, frequentemente, a um ciúme um tanto mórbido. Entretanto, encontram geralmente compensação para as frustrações sofridas em sucessos materiais, onde a sua avidez de ganho e o cuidado de nada perder dos seus bens tornam-se garantias de sucesso.
Qualidades de Oxun
Òsun , divindade feminina por excel ê ncia, é a filha predileta de Òsàlá e de Yemánj á . Alguns d ã o Ò sun por fruto de uma relação iícita de Yémánj á com Ifá , mas ela tamb é m aparece, como ou tras vers õ es m í ticas, como mulher deste ú ltimo; ela est á relacionada como a dona do jogo divinat ó rio. Os mitos mostram-nos Ò sun casada com Òsòsi e mã e de Logun Edé ; à s vezes ela cria Yasan, outras vezes , na qualidade de co-esposa de Ò s ò si com Yasan, ela cria os filhos que esta ú ltima abandona. Ò sun, mulher vol ú vel, engana Osòsi com Sàngó , razão pela qual, desgostoso, o deus da ca ç a r esolve ir viver sozinho na floresta. Ela seduz Omolu, deixando -o perdidamente apaixonado, e obt ém dele que afaste a peste do reino de Sàngó. Mas Ò sun é unanimemente considerada como a e sposa de S à ng ó que por ela apaixonou-se, o como rival de Yasan e de Obá com as quais disputa os favores, do senhor do trov ã o.
Òsun divindade das á guas doces e do rio Òsun no paí sijèsà , é ligada à família real de Osogbo. Foi trazida pelos escravos Ijèsà , e é considerada como Oris á dessa nação; ò sun é a deusa dos rios, fontes e regatos, das á guas que nascem da terra. Não é uma divindade das á guas salgadas, embora receba em dezembro um presente no mar, juntamente com Yémánj á . Ò sun é essencialmente a divindade dá s mulheres, e preside à s fun çõ es fisiol ó gicas femininas, à menstrua çã o, à gravidez, ao parto. Pode castigar suas filhas provocando-lhes hemorragias, ou tirando-lhes a menstrua çã o antes do tempo. Ò sun “olo kiki” “(dona do ek ó díde ), transformou o sangue da governanta de Ò s à l á em ek ó d í de, pena do papagaio da Costa cuja cor vermelha é associada ao sangue menstrual e que evoca a id é ia do nascimento, da fecundidade e da riqueza. Ò sun, divindade da gesta çã o e do nascimento desempenha, pois importante fun çã o nos ritos de inicia çã o. Ela orna as crian ç as, e foi ela quem criou os filhos do Yasan”.
" IYA MI TI TO SO OKU DE À IY É " - (ela transforma a morte em vida) - " ODI ONA KU ITA Ò RUN "
- (ela fecha o caminho da morte) -
Òsun também é uma mulher-menina que brinca de boneca. Sua relação com a maternidade exprime-se através de sua associação com o peixe, como no caso do Yémánjá; ela é representada sob a for ma de uma sereia que é levada em procissão no dia do ipété, ou às vezes na forma de um peixe, símbolo da fecundidade e da fart ura. Seu abèbé é geralmente enfeitado de um pequeno peixe ou de uma sereia. Generosa, nada recusa, e nunca se enfurece, o que pode acontecer com Yémánjá.
Fecundidade e fertilidade significam por extensão abundância e fartura, òsun é a divindade da riqueza. "A WURA OLU" ( a dona do ouro) 0 pássaro de òsun, segundo me informaram, é o ADÀBÁ tipo de pombo de olhos verme lhos.
Por outro lado, ò sun desempenha importante pap e l no jogo de b ú zios, pois ela é quem formula as perguntas à s quais Esu resp onde.
Em outros terreiros pode ser assentada junto com S à ng ó . Seu as sento é uma sopeira de lou ç a tampada com desenhos amarelados de tonalidade clara contendo seus ot á , seixos redondos de cor tamb é m amarelada, e sua ferramenta, geralmente um pequeno ab è be de lat ã o, imersos no mel. O peji é enfeitado de bonecas, de flores e frascos de perfume; ò sun é representada sob a forma de uma sereia que sai em solene prociss ã o numa charola, no dia do P é t è de ò sun.
O dia do ò s è . De ò sun é s á bado, dia das á guas; oferecem-lhe nest a ocasi ã o omolukum, ovos cozidos, arroz, o è gbo de milho de Ò s à l á . Nos dias da obrigação, ela pode receber uma cabra de cor amarelada; os animais de dois p é s que acompanham s ã o geral mente pombas ou galinhas. Mas, ò sun aprecia igualmente pato e conqu é m. Suas comidas secas s ã o o j á citado omolukum, ip é t é , adun, isu, feij ã o preto, milho com c o co, èkó , alua. O ovo sobre tudo é consagrado a ò sun, pela cor amarelo dourado de sua gema e por representar a gesta çã o. Òsun adora o mel, doce como ela. Òsun ; como era de se prever, n ã o suporta o carneiro, e os fi lhos de Ò sun n ã o podem por esta raz ã o assistir ao sacrif í cio na festa de S à ng ó . Quiabo e mam ã o s ã o proibidos. Divindade calma veste-se sempre de cores claras, de prefer ê ncia amarelas que é a sua cor consagrada; por é m, dependendo da qualidade, ò sun guerreira pode vestir-se de cor de rosa, ò sun velha de branco e azul claro; ò sun Ijimu, por exemplo, usa uma s aia azul claro, ò ja e ad é cor de rosa. Òsun leva na m ã o direi ta seu leque ritual, o ab è b é de lat ã o ou qualquer outro metal dourado, com uma sereia, um peixe ou at é mesmo uma pequena pomb a no centro. O n ú mero de ò sun sendo dezesseis, o colar ter á dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou quatro) que pod em ser de divindades com as quais ela tem afinidade, o com as quais sua filha estiver relacionada: Ò s ò si, S à ng ó , Y é m á nj á , por exemplo . Ò sun dan ç a os ritmos ijesa, com passos mi ú dos, segurando gra ciosamente a saia. O toque Ij è s à é ritmado como o balan ç o das á guas tranq ü ilas, e muito apreciado pelos fi é is. Quando est ã o Presentes Òsòsi e Logun Ed é acompanham ò sun. ò g ú n tamb é m dan ç a com ò sun os ritmos Ij è s à , assim como ò s á ny í n. No terreiro j eje do Bogun, òsun ( ÍYÁLODE ) dança o bravum como Naná. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias, anéis e pulseiras. No dia do deká de uma filha de Yasan (Oya Bale) da quel a casa, òsun manifestou-se para disputar Sàngó, e mpur rando-a e dançando, provocante, diante do deus do trovão.
Dizem que há dezesseis òsun; obtive dados sobre as seguintes:
- ÒSUN ABALU (Agba ilu?) é uma velha òsun, a mais ido sa de todas, e chefe das mulheres. Mater nal av ó amorosa é uma mulher que tem numerosos filhos e netos. Mas é bastante severa e autorit á ria. Usa azul claro. E ab è b é .
- Ò SUN IJIMU (ou Aj í mu, ou Jimu) é outro tipo de Òsun
velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva ab è b é e seus colares s ã o foi tos de contas de cristal amarelo escuro. Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.
- IYA OMI é a òsun saudada no siré , também idosa. É aquela que faz as perguntas a Esu no jogo divinatório de Ifá.
- ÒSUN ABOTO é uma ò sun multo jovem e vaidosa, que usa colares de contas de lou ç a amarelo claro.
- ÒSUN APARÁ seria a mais jovem das Òsun, e um tipo guerreiro que acompanha Ò g ú n (ou S à ng ó ) vivendo com ele pelas estradas; dan ç a com ele quando se manifestam, juntos numa fes ta; leva uma espada na m ã o e pode ves tir-se de cor de rosa.
- Ò SUN AJAGURA , outra ò sun guerreira que leva espada, jovem, casada com Aganju, seis rival de Yasan. Representa um tipo semelhante a Apor á ; Apara parece, porém mais agressi va, e Ajugura mais orgulhosa.
- YEYE OKE é , provavelmente, a mesma que Yeye Loke , tipo muito guerreiro.
- YEYE POND Á (ou ò sun Ipond á ) é tamb é m uma ò sun Guerreira, casada com Ò s ò si Iboalama, m ãe de Logun Ed é . Yeye Pond á é a verdadeira ò sun ijesa que veio de Ijesa ou de Ipon d á . Vive no mato com o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E des confiada, astuta, observadora, intuitiva.
- YEYE ODO é a ò sun das fontes; talvez seja a mesma
que í y á mi Odo ou Iy á Nodo, um tipo Yem á nj á.
- YEYE OGA é uma ò sun velha e rabugenta.
- YEYE KAR É é um tipo de ò sun mais velha, autorit á ria e
guerreira e agressiva.
- Ò SUN Ê WUJ Í é uma ò sun maternal e generosa, saudada no
p à d é .
- YEYE IPETU deve ser Oya Petu.
Como sacrifício aceita
Pepeyé (pata), até. eute (cabra amarela ), odá (bode castrado).
Omoiokun - feijão fradinho, camarão e ovos cozidos
ipetè - massa de inhame cozida temperado com cebola e camarão seco
Ariokô - feito com feijão fradinho, galinha e mel ( comida na nação de Angola)
Wuado - milho torrado e moido com mel
Moinmoin - parecido com o vatapá
Seja qual for e feita com azeite doce e dendê é somente para certas qualidades as quais tem fundamento com os orisás que pegam dendê
Come também ekó , papa de milho, obi , orogbô , ewé , egbó, arroz mel , Çinsjn . Suas filhas não podem comer quiabo, mamão, pombo ou pato.
Qualidades de Yemonjá
YEMONJÁ
São 16 as qualidades, na realidade não são qualidades, cada uma é um orisá individual (independente ) da outra.
EWO (PROIBIÇÕES)
Azeite de dendê , sal por ser orisá odo ( á gua doce).
ASDGBA OU SOBA - é a mais velha manca e rabugenta, gosta de fiar seu cristal, comanda cacadas mais profundas do oceano, afinidade com Nana n ã o se d á etu. veste branco ou vestes sem branco.
OGUNTÉ — Pela hierarquia é a Segunda, considerada nova guerreira, dona da espada, esposa de Ogun ferreiro e mão de Ogum Akorô e Oçossi, veste branco e azul, em cima do okutá pode levar em vez do abebê, miniatura de um facão.
YA SESSU - Além do assentamento, tem que se assentar Osun e Obaluayê, no seu assentamento leva corais e 8 conchas brancas e veste branco
IYAMI ODO - tem aproximação Osum e Yemohjá, água doce sendo muito feminina e vaidosa A OYO - benéfica, muito feminina, saudada na cerimônia do padê, veste branco, rosa e azul claro. IYWEA - igual a Ewa não tem ligação com santo nenhum.
IYEMOYO - ligação com Osalá, fundamento está no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça.
IYA SUSSURE - ligada a gestação
São sete conhecidas e seus nomes diferem conforme região
1) Yemoja Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)
2) Yemoja Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)
3) Yemoja Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun)
4) Yemoja Tuman/Aynu/Iewa
5) Yemoja Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)
6) Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)
7) Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá )
Alimentos
Ekó, isú, abado min. (arroz), obi, orobô.
Bichos
(agbo) carneiro, odá (bode castrado), euré, cabara, ajapá, adie.
Coquem não é aconselhada p qualquer qualidades, toda comida é feita sem sal, tempero azeite doce e mel.
Qualidades de Oxalá
OSALA
Os deuses da família de Orsalá - Òbatalá.
O Oris á ou Rei do pano branco, deveriam ser sem dúvida, os únicos a serem chamados Ori s as sendo os outros deuses chamados por seus próprios nomes, ou, então sob a denominação mais geral de Ebora para es deuses masculinos o termo imole empregado abrangeria o conjunto dos deuses yorubanos.
Os Orisas Funfun seriam em número de cento e cinquenta e quatro,aqui escreverei sobre algum deles::
ORISÁ OLOFON AJIGÚNA KOARI - aquele que grita quando acorda (conhecido por nós só pelo nome de Oxalufon)
ORISÁ OGIYAN EWÚLEE JIIGBO - senhor de Ejigbô (conhecido pelo nome de oxaguiã)
ORISÁ OBANÍJITA -
ORISÁ AKIRE OU IKIRE - um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem negligencia
ORISÁ ETETO OBÁ DUGBE - outro guerreiro, ligado a Ori s alá
ORISÁ ALASE OU OLÚOROGBO - salvou o mundo fazendo chover num período de seca.
ORISÁ OLÓJO, ORISÁ ARÓWU, ORISA ONIKI, ORI$Á, ONÍRINJA, ORISA AJAGEMO - para o qual durante a sua festa anual em edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.
ORINSALA/OBATALÁ - é casado com Yemowo, suas imagens são colocadas uma do lado da outra e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no ilésin, local de adoração, dizem que Yemowo foi a única mulher de Ori s alá - Òbatalá um caso excepcional de monogamia entre ori s as e eboras .
OSALUFÃ ( ORISA OLÚ FON )
Orisá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimónia de saudações e de dezesseis em dezesseis dias.
OSOGUIÃ ( ORIS ÁOGIYAN )
Oris á jovem e guerreiro, cujo templo principal encontra-se em Ejigbô . Tomou o titulo de ELEEJIGBÔ Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de OI S A-JE-IYÁN ou ORI S ÁJIYAN. A tradição exige que os habitantes de dois bairros XOLÔ e OKÉ MAPÔ lutem uns contra os outros a golpes de varas.
Qualidades do Nanã
Obáíyá é um Òrisà ligado á gua, a lama e aos pântanos, é a qualidade de Naná que usa contas de cristal e veio do país Ba riba.
Ajàosi (guardi ã da esquerda), é uma Nàná guerreira e agressiva que veio de If é , e confunde-se à s vezes com Obá. É uma divinda de das á guas doces, e que se veste de azul.
Ajàpa (guardi ã que mata) é um Ò ris à bastante temido, ligado ã lama e ã morte, que veio de Savè . Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de b ú zios. Aj à pa é associada à s. profundezas da terra, aos mist é rios da morte e do renascimento. Destaca-se co mo enfeimeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predominam a razão.
Oporá veio de K é tu, coberta de ò ssun vermelho. É a m ã e de Obalù aiyé , ligada ã terra, temida, agressiva e irascível.
Burúkú (o mal) tamb é m é chamada Olú waiye (senhor da terra), ou Oló wo (senhor do dinheiro) ou ainda Olusegbe . Este Òrisà veio de Abomey ; ligado ã á gua doce dos p â ntanos, usa um ibir í azul.
As comidas
Em geral são iguarias para todas as qualidades. EWOS (proibições) - feij ã o vermelho, pimenta vermelha, banana prata, seus ases podem ser azeite doce ou dend ê .
Alimentos
Adun, ekó , aberem, damboro, obi osi, isu, eguidy (feito na folha da banana seca).
Aves
Adie (galinha), etú , pepeye (pata), eyele
Animais
Eure - ajap - águia - rã
Qualidades de Oyá
Foi a única mulher de Sango que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, mas se desencorajou em Ira, sua cidade natal, onde, de acordo com o ditado "Oyà wole ni ile Ira, Sango wole ni Koso" (Oyà entrou na terra na casa de Ira, Sango entrou em Koso), ela suicidou-se ao receber a noticia da morte de Sango. Oya tornou-se a divindade do Rio Níger. Os tornados e tempestades são as marcas de seu descontentamento.
QUALIDADES
1) Oyà Biniká
2) Oyà Seno
3) Oyà Abomi
4) Oyà Gunán
5) Oyà Bagán
6) Oyà Onìrá
7) Oyà Kodun
8) Oyà Maganbelle
9) Oyà Yapopo
10) Oyà Onisoni
11) Oyà Bagbure
12) Oyà Tope
13) Oyà Filiaba
14) Oyà Semi
15) Oyà Sinsirá
16) Oyà Sire
17) Oyà Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em:
a) Oyà Gbale Funán
b) Oyà Gbale Fure
c) Oyà Gbale Guere
d) Oyà Gbale Toningbe
e) Oyà Gbale Fakarebo
f) Oyà Gbale De
g) Oyà Gbale Min
h) Oyà Gbale Lario
i) Oyà Gbale Adagangbará
Essas Oyàs, estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu , Ogun e Exú.
YANSA
São nove divindade das noves cabeças, YA Mesan Oru, oito tem fundamento com Ogum e Omulú a nona com Esú.
IYA MESAN - mãe 9, espírito meio animal meio mulher, foi esposa de Oçossi e Sangô
OYA PETU -senhora dos ventos, esposa de nagô e amante osoyin, fundamento com as árvores e suas folhas, guerreira usa cobre.
OYA ONIRA - guerreira e agressiva, companheira de O§um, dona das estradas, principalmente com nas encruzilhadas, tem quizila com Q^um
OYA ODO - simboliza o amor e o sexo, o prazer, fundamento na água.
OYA BAGAN - fundamento com Oçossi
OYA EGUNITA - fundamento com Ogum Wari e Ode
OYA ONISONI - fundamento com Omulú
OYA TOPE - fundamento com Ogum Soroquê
Bichos de yasã
Eure (cabrita), ajapá, Agbô (abo), malú (vaca)
Aves
Adie, etú, pepeyé, eyele
Qualidades de Oxumarê
Qualidades de Osumaré
Dan corresponde ao nome jeje de Ò sumar è e, no Alak é tu, constitui uma qualidade deste ú ltimo: é a cobra que participou da cria çã o. É uma qualidade ben é fica, ligada ã chuva, à fertilidade de abund â ncia; gosta de ovos e de azeite de dend ê . Como tipo humano, é generoso e at é perdul á rio.
Dangbé é um Òsúmàrè mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos agitado que Dan, possui uma grande intui çã o e pode ser um adivinho esperto.
Becém , dono do terreiro do Bogun, veste-se de branco e leva uma espada. Bec é m ê um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo de Ò sumare, menos afetado e menos superficiai que Dan. Aido Wedo tamb é m é urna qualidade de Ò s ú m à r è co nhecida no Bogun.
Azaunodor é o pr í ncipe de branco que reside no baob á , relaciona. do com os antepassados; come frutas e "leva tudo de dois".
oloje iku ike obarainan
lendas de oya

... ventos e eguns

Conta umas das lendas de Iansã, a primeira esposa de SÀNGÓ, teria ido, a seu mandato, a um reino vizinho buscar 3 cabaças que estava com Obalúayé. Foi dito a ela que não abrisse estas cabaças, as quais ela deveria trazer de volta a SÀNGÓ. Iansã foi e lá Obalúayè recomendou mais uma vez que não deixasse as cabaças caírem e quebrarem e, se isto acontecesse, que ela não olhasse e fosse embora. Iansã ia muito apressada e não aguentava mais segurar o segredo. Um pouco mais à frente quebrou a primeira cabaça, desrespeitando a vontade de Obalúayé. Saíram de dentro da cabaça os ventos que a levou para o céus. Quando terminaram os ventos, Iansã voltou e quebrou a segunda cabaça. Da segunda cabaça saíram os Eguns. Ela se assustou e gritou: Reiiii! Na vez da terceira cabaça SÀNGÓ chegou e pegou para si, que era a cabaça do fogo, dos raios.
Ela tinha um temperamento ardente e impetuoso. Foi a única entre as mulheres de SÀNGÓ que , no fim do seu reinado, o seguiu em sua fuga para Tapá. Quando ele recolheu-se para baixo da terra em Cosso, ela fez o mesmo em Yiá.

... a ira da mulher búfalo

Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, ogum tratou de segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher. Era yansan, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre. Yansan fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que ogum tinha visto tudo. Assim que ela se foi, ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro.

Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher até que criou coragem e começou a cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a corte. Quando anoiteceu ela voltou à floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo ( pois ele sabia que ela não era uma mulher e sim animal ), yansan foi obrigada a se casar com ele; apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibi-lo de comentar o assunto com qualquer pessoa.

Chegando em casa, ogum explicou suas outras esposas que yansan iria morar com ele e que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto ogum saía para trabalhar, yansan passava o dia procurando sua
trouxa.

Desse casamento nasceram nove filhos, o que despertou ciúmes das outras esposas, que eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia yansan. Logo que o marido se ausentou, elas começaram a cantar: "Você pode beber, comer e exibir sua beleza, mas a sua pele está no depósito, você é um animal." Iansã compreendeu a alusão. Depois que yansan encontrou então sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos.

Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo deveriam bater os chifres um contra o outros; com esse
sinal ela iria socorrê-los imediatamente. E por esse motivo que os chifres estão presentes nos assentamentos de yansan/oya.



... orisá do fogo

Embora tenha sido esposa de Sangô, Iansã percorreu vários reinos e conviveu com vários Reis. Foi paixão de Ogum, Osogiyan e de Esú. Conviveu e seduziu Osossi, Logun-Edé e tentou em vão relacionar - se com Obaluaê. Sobre este assunto a história conta que Iansã percorreu vários Reinos usando sua inteligência, astúcia e sedução para aprender de tudo e conhecer igualmente tudo. Em Irê, terra de Ogum foi a grande paixão do Guerreiro. Aprendeu com ele o manuseio da espada e ganhou deste o direito de usá-la. Depois partiu e foi para Oxogbo, terra de Osogiyan .Com ele aprendeu o uso do Escudo para se defender de ataques inimigos e recebeu o direito de usá-lo.Depois partiu e nas estradas deparou-se com Esú. Com ele aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Osossi, seduziu o Deus da Caça, e aprendeu a caçar, a tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal com a ajuda da magia aprendida com Esú. Seduziu Logun-Odé e com ele aprendeu a pescar. Foi para o Reino de Obaluaê, pois queria descobrir seus mistérios e conhecer seu rosto. Lá chegando, insinuou-se. Mas muito desconfiado, Obaluaê perguntou o que Oya queria e ela respondeu:
-"queria ser sua amiga".

Então, fez sua Dança dos Ventos, que já havia seduzido vários reis. Contudo, sem emocionar ou sequer atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de seduzí-lo, Iansã procurou apenas aprender, fosse o que fosse. Assim dirigiu-se ao homem da palha:
-"Aprendi muito com os outros Reis, mas só me falta aprender algo contigo."
- "Quer mesmo aprender, Oya? Vou te ensinar a tratar dos Mortos".

Venceu seu medo com sua ânsia de aprender e com ele descobriu como conviver com os Eguns e a controlá-los. Partiu então para o Reino de Sangô, pois lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas ao chegar ao reino do Rei do Trovão, Iansã aprendeu mais do que isso, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Sangô dividiu com ela os poderes do raio e deu à ela seu coração. O fogo das paixões, o fogo da alegria e o que queima. Ela é o Orisá do Fogo.

... o sopro

Osogyian estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ògún fazia as armas, mas fazia lentamente. Osogyian pediu a seu amigo Ògún urgência, mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Osaguiã que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ògún a apressar a fabricação.
Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ògún e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado de calor derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ògún pode fazer muitas armas e com as armas Osogyian venceu a guerra. Osogyian veio então agradecer Ògún. E na casa de Ògún enamorou-se de Oyá. Um dia fugiram Osogyian e Oyá, deixando Ògún enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Osogyian voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Osogyian, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja de Ògún. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Osogyian da de Ògún. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor atiçava. E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ògún. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias.
O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade.

... respeito

Oiá desejava ter filhos, mas não podia conceber Oiá foi consultar um babalaô e ele mandou que ela fizesse um ebó. Ela deveria oferecer um carneiro, um agutã, muitos búzios e muitas roupas coloridas. Oiá fez o sacrifício e teve nove filhos. Quando ela passava, indo em direção ao mercado, o povo dizia:
"Lá vai Iansã".
Lá ia Iansã, que quer dizer mãe nove vezes.E lá ia ela toda orgulhosa ao mercado vender azeite-de-dendê. Oiá não podia ter filhos, mas teve nove, depois de sacrificar um carneiro, e em sinal de respeito por seu pedido atendido Iansã, a mãe de nove filhos, nunca mais comeu carneiro.

... corajosa e atrevida

Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes. Omulu-Obaluaê chegou vestindo seu capucho de palha. Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce e nenhuma mulher quis dançar com ele. Só Oiá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra. Tanto girava Oiá na sua dança que provocava vento.E o vento de Oiá levantou as palhas e descobriu o corpo de Obaluaê. Para surpresa geral, era um belo homem. O povo o aclamou por sua beleza.
Obaluaê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato e em recompensa, dividiu com ela o seu reino. Fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos. Rainha que é Oiá Igbalé, a condutora dos eguns.
Oiá então dançou e dançou de alegria para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando ela dançava , agitava no ar o iruquerê, o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo.
Rainha Oiá Igbalé, a condutora dos espíritos.
Rainha que foi sempre a grande paixão de Omulu.
oloje iku ike obarainan