OYEKU MEJI
REZA DE OYEKÚ MEJI
Baba Oyeku Meji ariké madawá ejó Ogun, sigun moló pororo jarun oni kpo un
Babalawo adifafun Ogbe Oluwo agogo, abo lebó.
Oyeku Meji é o segundo Odu na ordem de chegada do sistema de Ifá, sua
representaçäo indicial é composta de duas colunas de quatro sinais duplos superpostos.
É um Odu feminino e teria sido engendrado por duas entidades femininas que o
conceberam de forma misteriosa e inexplicável.
Apesar de ser o segundo na ordem de chegada, este Odu, que representa as trevas,
seria mais velho que seu antecessor Ejiogbe, símbolo do surgimento da luz e da vida, já que,
segundo os ensinamentos mais recônditos, as trevas antecedem a existência da luz.
Foi este Odu que introduziu no mundo, Ikú, a morte, estando, por este motivo, ligado
aos mortos e ao mistério da recreação.
É um dos quatro principais signos de Ifá por representar o ponto cardeal Oeste, o
Ocidente, o poente, a noite, a morte e as trevas1
.
É o encarregado dos ritos fúnebres contando, para isto, com o auxílio de sua filha
Oyekubiká.
Rege os nós das madeiras, o couro áspero dos crocodilos e o pudor humano. Foi
neste Odu que os seres humanos começaram, por recato, a cobrirem seus corpos com folhas e
peles de animais, escondendo, assim, suas partes pudicas, o que deu origem às roupas hoje
usadas.
1 - Oyeku Meji forma com Ejiogbe (ligado ao ponto cardeal Este), Odi Meji (ligado ao Norte) e Iwori
Meji (ligado ao Sul), os quatro principais Odus de Ifá, considerados os guardiões dos quatro cantos do mundo.
Alguns antigos babalawos afirmam que Elegbara foi gerado neste Odu.
Por este caminho fala Ibeji e o mistério de um único espírito que habita,
simultaneamente, em dois corpos.
Em Oyeku Meji estão contidos os segredos de Oduduwa.
É padrinho de Irososá, o dono dos búzios.
Ensinou aos homens o hábito de comerem peixes, depois de fazer cair sobre a Terra
uma chuva torrencial, na qual havia todas as espécies de peixes hoje existentes.
É representado pelas aranhas peludas. Dizem que quando as aranhas emitem um
som, uma espécie de canto, é quando Oyeku Meji se manifesta.
Assinala a direção dos movimentos sociais, a realeza, a plenitude.
Anuncia o esgotamento de todas as possibilidades de continuação, o que significa a
necessidade premente de mudança total. É o fim de uma situação, a saturação total.
Denota agrupamento, multidão, impossibilidade de se viver só, dependência em todos
os aspectos.
Determina vida longa, mas, para que isto aconteça, é necessário que se faça ebó
com muita constância.
Os ebós tirados por este caminho são despachados numa casa em ruínas para que
os espíritos que ali residem dêem assistência e se apazigüem.
Podem, também, serem enterrados num buraco imitando uma sepultura, aos pés de
uma árvore seca.
Foi aqui que as árvores, para não serem cortadas, fizeram ebó com dois galos, duas
galinhas pretas, dois preás, dois machados, dois ekós, dois tambores e muitas moedas.
É portador de impaludismo, anemia, males do estômago e perigo de morte originado
numa disputa qualquer.
É preciso que se faça ebó constantemente, para não ser desprezado pela sorte.
Proíbe que se comente assuntos particulares com outras pessoas.
Os filhos deste Odu possuem uma aura de proteção natural. Dificilmente são
vencidos pelos inimigos.
A principal medicina de Oyeku Meji consiste num pouco de mel que, depois de rezado
no opon, fica exposto ao Sol durante sete dias. Sempre que a pessoa adoecer, toma uma colher
deste mel, todos os dias, em jejum.
Não se deve confiar segredos às mulheres porque elas quebram os juramentos.
Faz referências a pessoas que são caprichosas e estão sempre bem vestidas.
Coloca-se no igbá-Orunmilá, um alfanje pequeno de madeira.
O Elegbara deste Odu leva duas faquinhas orientadas em sentido contrário uma da
outra.
Sendo um Odu ligado às trevas, dá aos seus filhos poder de destruição. A pessoa
pode tornar-se grande e perigosa, na medida em que utilizar este poder para o mal ou visando o
enriquecimento fácil e rápido. Onde esta pessoa pisar, o solo apodrecerá em decorrência da
negatividade de que se torna portadora a partir do momento em opta pela prática da feitiçaria,
poder que lhe é delegado pelos Ajés e pelas Kennesis2
.
Disse Ifá: "A terra apodrece por sua causa".
Seus familiares não agiram corretamente com você.
Você é portador de instinto assassino.
Não tripudie sobre quem está caído.
Respeite seus pais. Jamais levante as mãos contra eles.
Em três uniões haverá sempre a intenção de destruí-lo.
Ofereça uma cabra a Orunmilá para afastar os Ajés de sua vida.
Tome banhos com quebra-mandinga e ewe-exin.
Cuidado para não ser preso. Você é ou será perseguido pela justiça.
Não coma carne de porco. A virtude de Oyekú-Meji é oferecer porco assado ao seu guia protetor.
2 - Espíritos femininos de baixa hierarquia, ligados à prática da feitiçaria e da necromancia.
REZA DE OYEKÚ MEJI
Baba Oyeku Meji ariké madawá ejó Ogun, sigun moló pororo jarun oni kpo un
Babalawo adifafun Ogbe Oluwo agogo, abo lebó.
Oyeku Meji é o segundo Odu na ordem de chegada do sistema de Ifá, sua
representaçäo indicial é composta de duas colunas de quatro sinais duplos superpostos.
É um Odu feminino e teria sido engendrado por duas entidades femininas que o
conceberam de forma misteriosa e inexplicável.
Apesar de ser o segundo na ordem de chegada, este Odu, que representa as trevas,
seria mais velho que seu antecessor Ejiogbe, símbolo do surgimento da luz e da vida, já que,
segundo os ensinamentos mais recônditos, as trevas antecedem a existência da luz.
Foi este Odu que introduziu no mundo, Ikú, a morte, estando, por este motivo, ligado
aos mortos e ao mistério da recreação.
É um dos quatro principais signos de Ifá por representar o ponto cardeal Oeste, o
Ocidente, o poente, a noite, a morte e as trevas1
.
É o encarregado dos ritos fúnebres contando, para isto, com o auxílio de sua filha
Oyekubiká.
Rege os nós das madeiras, o couro áspero dos crocodilos e o pudor humano. Foi
neste Odu que os seres humanos começaram, por recato, a cobrirem seus corpos com folhas e
peles de animais, escondendo, assim, suas partes pudicas, o que deu origem às roupas hoje
usadas.
1 - Oyeku Meji forma com Ejiogbe (ligado ao ponto cardeal Este), Odi Meji (ligado ao Norte) e Iwori
Meji (ligado ao Sul), os quatro principais Odus de Ifá, considerados os guardiões dos quatro cantos do mundo.
Alguns antigos babalawos afirmam que Elegbara foi gerado neste Odu.
Por este caminho fala Ibeji e o mistério de um único espírito que habita,
simultaneamente, em dois corpos.
Em Oyeku Meji estão contidos os segredos de Oduduwa.
É padrinho de Irososá, o dono dos búzios.
Ensinou aos homens o hábito de comerem peixes, depois de fazer cair sobre a Terra
uma chuva torrencial, na qual havia todas as espécies de peixes hoje existentes.
É representado pelas aranhas peludas. Dizem que quando as aranhas emitem um
som, uma espécie de canto, é quando Oyeku Meji se manifesta.
Assinala a direção dos movimentos sociais, a realeza, a plenitude.
Anuncia o esgotamento de todas as possibilidades de continuação, o que significa a
necessidade premente de mudança total. É o fim de uma situação, a saturação total.
Denota agrupamento, multidão, impossibilidade de se viver só, dependência em todos
os aspectos.
Determina vida longa, mas, para que isto aconteça, é necessário que se faça ebó
com muita constância.
Os ebós tirados por este caminho são despachados numa casa em ruínas para que
os espíritos que ali residem dêem assistência e se apazigüem.
Podem, também, serem enterrados num buraco imitando uma sepultura, aos pés de
uma árvore seca.
Foi aqui que as árvores, para não serem cortadas, fizeram ebó com dois galos, duas
galinhas pretas, dois preás, dois machados, dois ekós, dois tambores e muitas moedas.
É portador de impaludismo, anemia, males do estômago e perigo de morte originado
numa disputa qualquer.
É preciso que se faça ebó constantemente, para não ser desprezado pela sorte.
Proíbe que se comente assuntos particulares com outras pessoas.
Os filhos deste Odu possuem uma aura de proteção natural. Dificilmente são
vencidos pelos inimigos.
A principal medicina de Oyeku Meji consiste num pouco de mel que, depois de rezado
no opon, fica exposto ao Sol durante sete dias. Sempre que a pessoa adoecer, toma uma colher
deste mel, todos os dias, em jejum.
Não se deve confiar segredos às mulheres porque elas quebram os juramentos.
Faz referências a pessoas que são caprichosas e estão sempre bem vestidas.
Coloca-se no igbá-Orunmilá, um alfanje pequeno de madeira.
O Elegbara deste Odu leva duas faquinhas orientadas em sentido contrário uma da
outra.
Sendo um Odu ligado às trevas, dá aos seus filhos poder de destruição. A pessoa
pode tornar-se grande e perigosa, na medida em que utilizar este poder para o mal ou visando o
enriquecimento fácil e rápido. Onde esta pessoa pisar, o solo apodrecerá em decorrência da
negatividade de que se torna portadora a partir do momento em opta pela prática da feitiçaria,
poder que lhe é delegado pelos Ajés e pelas Kennesis2
.
Disse Ifá: "A terra apodrece por sua causa".
Seus familiares não agiram corretamente com você.
Você é portador de instinto assassino.
Não tripudie sobre quem está caído.
Respeite seus pais. Jamais levante as mãos contra eles.
Em três uniões haverá sempre a intenção de destruí-lo.
Ofereça uma cabra a Orunmilá para afastar os Ajés de sua vida.
Tome banhos com quebra-mandinga e ewe-exin.
Cuidado para não ser preso. Você é ou será perseguido pela justiça.
Não coma carne de porco. A virtude de Oyekú-Meji é oferecer porco assado ao seu guia protetor.
2 - Espíritos femininos de baixa hierarquia, ligados à prática da feitiçaria e da necromancia.
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