terça-feira, 14 de abril de 2015


OGBEGUNDÁ

OGBEYONO

REZAS DE OGBEYONU.

I - Ogbeyonu aiya adê mowaye orenio laiye adifafun Oduduwa wa iyenifá owaye
Oduduwa Ikú seguere, aru seguere, ofo seguere, ejó seguere, ogu seguere, onilú seguere, axelú
seguere, ona seguere.
II - Ogbeyonu kukunduku laiyami leke bebeleke. Ieke toxe. Oxá a un babalawo
lodifafun yokan onifá ogui miyo olomowo aiye Elegba bogbo yeye otonifa, ideilu bogbo ixegui
Ogun loiyeni Ogun.
Bogbo Oxá ileké lo bo eleiyefá omoloju ileké Egun obonleiye oju erinlá bebe ileké
inhanfá foroloju. Inhanfá koferu boyu farawa otoniboxe ara Ikú taxo Naranara bebe ileké ara un
babalawo Taranara jun adifafun.
Oluyebe obí Orun Awo obí ina
Awo Oluyebe lobi Ikú jun,
Awo Oluyebe lobi arun jun,
Awo Oluyebe lobi ejó jun,
Awo Oluyebe lobi ofo jun.
Okolo Yeye enifá ileké loyeye Awo ileké, bebe Orunmilá enifekun. Bogbo Oxawe,
bogbo Oxá ena, adifafun Orunmilá.
III - Oba Olosa lofun ko mo meta, ati kere omoni, ati lele Omo ni Oxun, berewa Olofun
okikilo omoni Iyemanja, Onisiko eni ku, adifafun omonifá Ogbeyuno, agba ori Egun loleyenifá.

CÂNTICO DE OGBEYONU

Efunxe Najara kun sebere kun abo ikun botono afirekun abo ikun xewere.
Neste Odu nasceram os ganchos com que se penduram as carnes nos açougues.
Nasceram as muletas.
Por este Odu primeiro se recebe Elegbara e, só depois, se completam os Guerreiros.
Odu de traição e de perseguição. Caminho de Xangô, Obaluaye e Oxun.
Por este Odu Oluwo Popo61 tinha três nomes: Lanlé, Adatolú e Olugage. Eram estes
nomes que lhes traziam as virtudes de guerreiro, bruxo e advinho, e que se chamam Ololá.
Neste Odu Oluwo Popo chegou na terra Arará vestido com pele de tigre e Xangô
perdoou-o por suas faltas.
Os três primeiros adivinhos de Oluo Popo foram: Adisato, Abamiomi e Axetilu.
Foi neste Odu que Azawani correu o mundo montado num bode da montanha e,
como o caminho era muito longo, teve que substituí-lo por um veado, chegando assim em seu
reino na Terra de Arará.
Por este Odu chegam as maldiçöes que atingem os pés das pessoas.
Assinala três cirurgias e problemas numa das vistas.
Aqui nasceu o ebó xirê62
Aqui Azawani se iniciou em Ifá e deu coroa a Xangô.
É caminho de Babá Ajalá, o modelador das cabeças.
Deve-se oferecer sacrifícios a Babá Ajalá com a seguinte reza:
Epô malero, Epô malero, Ajalá Epô malero.
Iyó malero, Iyó malero, Ajalá Iyó malero.
Ori malero, Ori malero, Ajalá Ori malero.
Efun malero, Efun malero, Ajalá Efun malero.
Foi por este caminho que se assentou Oxun pela primeira vez.
O filhos deste Odu não devem, nunca mais em suas vidas, comer pombo.
Não podem ingerir bebidas alcoólicas.
Devem cuidar de suas casas e não podem brigar com seus cônjuges para terem sorte
na vida.
Desmancharam um assentamento e desde então sua vida está atrasada.
Têm que respeitar os jacarés e não podem ser gulosos. Yonu significa: abrir
demasiadamente a boca, coisa que fazem os jacarés em sinal de gulodice.
Têm que cuidar da cavidade bucal e do estômago para que não venham a ter
problemas digestivos.
Fala de alterações do pâncreas. Para evitar enfermidades neste órgão deve tomar
banhos com pó de osso de coelho misturado com efun e soprar a mistura dentro de sua casa.
No dia em que o Awo encontra este signo numa consulta para si próprio não pode
sentar-se à mesa.
A pessoa que veio consultar-se está envolvida com um problema referente a
agressão por arma branca. Para que o responsável não fique, ou venha a ser preso, é preciso
fazer ebó com akukó, obé, uma roupa velha, terra de poço, obí, velas e moedas.
Não existe respeito no relacionamento matrimonial.
Se for homem está com problemas de impotência e é preciso fazer ebó para que não
fique completamente incapaz para o sexo.
Se for mulher está enferma dos órgãos sexuais e, por este motivo, não pode gerar
filhos. Tem que fazer ebó e depois untar a barriga com a mistura de ori-da-costa, pó de ataré e
ewe dundun.
A mulher já perdeu o interesse pelo marido como homem.
Tenha cuidado para não agredir a um desafeto com arma branca.
Suas relaçöes amorosas sofrem oposição de terceiros.
Seus inimigos zombam por vê-lo caído.
Cuidado para não ser escravo daqueles a quem escraviza hoje.
O mal que sente no estômago é originado em sua boca.
Fala de separação e de afastamento o que pode ser resolvido com o oferecimento de
um galo branco a Elegbara.

ITANS DE OGBEYONU

1 - Na Terra de Olosa Lofun havia um rei que tinha três filhos dos quais vivia
separado por uma lagoa.
Um dia o rei morreu e seus emissários foram avisar o ocorrido aos seus herdeiros.
Atikeke, o filho mais velho, mais diligente que seus irmãos, foi o primeiro a sair para
os funerais e, para atravessar a lagoa, tratou de alugar uma canoa.
No meio da travessia, o barqueiro, parando de remar, disse ao príncipe: "Como
pagamento por meu trabalho exijo que me dês todos os tipos de alimentos e de bebidas, além de
tua própria mulher!"
"Estás louco?" - Indagou o príncipe - "Só te pagarei o preço justo da travessia!"
Imediatamente o barqueiro atirou-o às águas escuras, onde vivia um grande jacaré
que devorou o jovem.
O barqueiro, perpetrado o crime, retornou ao local onde o príncipe embarcara e ali
escondeu todos os seus pertences.
Pouco depois chegou Atilele, o segundo filho do rei, que contratou o mesmo
barqueiro para transportá-lo até o outro lado do lago.
No meio da travessia o barqueiro agiu da mesma forma e, o segundo príncipe, por
não concordar com as exigências do malfeitor, foi também atirado às águas e devorado pelo
grande jacaré.
Novamente o barqueiro regressou ao ponto de origem, e os bens de sua segunda
vítima foram acrescentados ao que havia roubado da primeira.
O filho mais novo, Akikilo, que era filho de Yemanjá, antes de partir para os funerais
de seu pai havia consultado Ifá, saindo, na consulta, o Odu Ogbeyuno, que lhe ordenou fazer um
ebó com um barquinho pequenino, dois remos e dois galos que deveriam ser sacrificados, um
para Elegbara junto com Ogun e o outro para o Egun de seu pai. Além do ebó foi-lhe
recomendado que concordasse em dar tudo o que lhe pedissem antes de ser coroado rei.
Akikilo, feito o ebó, dirigiu-se às margens do lago onde encontrou o mesmo barqueiro
que, imediatamente, contratou para transportá-lo.
No meio do lago a mesma exigência foi feita e o príncipe concordou em dar ao
homem tudo o que lhe estava sendo pedido, o que só poderia ser feito, no entanto, depois que
fosse coroado rei.
Satisfeito o barqueiro começou a cantar:
"Atikeke eni Ikú, Atirere eni Ikú, Akikilo Oba nile olosa lofun."
Respondendo, Akikilo cantava:
"Kumi lele Akikilo ori olosa lofun".
Depois dos funerais Akikilo foi coroado rei e obrigou o barqueiro a conduzi-lo até o
local onde havia escondido os bens de seus irmãos, que haviam sido devorados pelo jacaré
sagrado.
Revoltado o novo rei ordenou que o jacaré fosse retirado do lago e levado ao pátio do
palácio, onde seria cultuado por conter, em seu interior, seus dois irmãos.
O barqueiro foi decapitado e sua cabeça foi enterrada num buraco no pátio do palácio
e sobre ela foi assentado o Elegbara que vivia no jacaré.
2 - Era uma vez um rei muito malvado que, por suas atitudes injustas e cruéis era
temido e odiado pelo povo.
O irmão do rei, seu herdeiro direto, era uma pessoa de boa índole, muito querido e
respeitado pelos súditos e que sempre que podia, intercedia em favor dos menos favorecidos,
nas decisöes do monarca.
Sabedor da preferência do povo por seu irmão, o déspota resolveu livrar-se da
incômoda presença que, em sua loucura, representava um risco constante para o seu cargo.
Sem poder simplesmente assassinar o próprio irmão, o que por certo causaria uma
revolução no país, maquinou um plano terrível para assegurar a coroa em sua própria cabeça.
Segundo as leis do país, o rei teria que gerar filhos que, por sua morte, iriam
substituí-lo no trono, isto no caso de não ter irmãos mais novos, que teriam preferência sobre os
filhos. Ora, o herdeiro do rei era seu irmão e os herdeiros deste seriam os seus filhos, sobrinhos
do rei em exercício.
Acontece, porém que, o príncipe-herdeiro, apesar de casado, ainda não tinha gerado
filhos e sendo ele o único irmão do rei, em caso de impedimento, cederia seu direito de sucessão
ao filho mais velho do rei.
Um dos motivos que serviam de impedimento para assumir o trono era a
impossibilidade de gerar filhos.
O plano do maquiavélico rei para livrar-se da incômoda ameaça que representava
seu irmão, consistia em mandar castrá-lo, assim como à sua mulher, o que afastava
definitivamente a possibilidade de ser por ele substituído.
Se assim pensou, assim fez. Depois de mandar castrar o irmão e a cunhada, ordenou
que fossem levados para uma ilha distante, para que "a vergonha de serem incapazes de gerar
filhos não incomodasse o ambiente da corte".
O infeliz príncipe, que era filho de Obatalá, viveu por muitos anos no desterro em
companhia de sua companheira até que, um dia, recebeu a visita de seu Orixá.
Pegando um grande caramujo do mar, Obatalá retirou dele o molusco, que foi
colocado no lugar onde antes ficava o pênis do homem. A casca do caramujo substituiu o órgão
sexual da mulher que havia sido totalmente destruído por ordem do rei.
"Depois de dezesseis dias" - disse Obatalá - "vocês deverão unir-se em ato sexual e,
desta união, será gerado um filho varão".
O tempo se passou e um belo dia, um lindo menino veio ao mundo. Na hora do parto
Obatalá apresentou-se e ordenou ao homem: "Pegue seu filho e sua mulher e retorne
imediatamente ao palácio pois, amanhã mesmo, a coroa real será colocada sobre sua cabeça."
No dia seguinte, o príncipe, com sua família, adentrou a sala do trono, onde uma
recepção era oferecida aos embaixadores de diversos países vizinhos. No momento em que viu
seu irmão e sua cunhada com um filho no colo, o rei quis protestar, mas, acometido de um mal
súbito, caiu morto sem esboçar uma só palavra.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, o povo, em grande alegria, cuidou de coroar o
novo soberano que reinou por muitos e muitos anos com justiça e bondade.
Orunmilá é aquele que, amigavelmente, dá dinheiro a seus filhos e que,
amigavelmente, orienta seus filhos nos caminhos da vida.
É melhor que Ele nunca te olhe com ira porque isto acontece uma única vez.
Ele é aquele que te conduz às terras agradáveis e férteis, e te saúda, e te faz o
caminho agradável.
Ele é aquele que desaparece dentro do bosque e é reencontrado dentro de casa.
O mendigo que colhe laranjas no teu quintal pode ser a divindade que possui o
segredo do jacaré. (Nunca desprezes ninguém por sua posição subalterna e humilde).
Àquele que dá sempre, lhe parece que dá muito. Àquele que recebe sempre, embora
lhe dêem muito, lhe parece que recebe pouco. Estas são palavras de Oloiya Gbana. (Não se
deve tirar partido nem explorar a bondade de outras pessoas).

O ELEKE DE OGBEYONU.

3 - Na terra Bebeleke viviam Awo Kukunduku e Awo Eleiye e entre ambos existia
grande animosidade.
Awo Eleiye praticava magia negra e estava sempre fazendo feitiços para que Awo
Kukunduku perdesse a memória.
Em decorrência dos feitiços que lhe eram endereçados, Awo Kukunduku estava
sempre envolvido em diferentes problemas e a única defesa que conhecia era tocar seu ilú63
para afugentar o mal.
Todas as vezes que ia consultar seu oráculo, surgia Ogbeyonu e, imediatamente,
Awo Kukunduku caia preso de alguma enfermidade.
Certo dia, Elegba, que apreciava o som que o advinho tirava de seu ilú, resolveu
ajudá-lo e, surgindo à sua frente lhe disse: "Para dar fim aos problemas que te afligem deves me
acompanhar até a casa de Awo Oluyebe, na Terra Naranara".
Imediatamente os dois se puseram a caminho e, na estrada que conduzia à
Naranara, existiam muitos elekés, de todos os Orixás, caídos pelo chão. Elegba mandou que
Awo Kukunduku recolhesse os elekés, afirmando que poderiam ser úteis no futuro.
Quando chegaram à casa de Awo Oluyebe, este, imediatamente, abriu o jogo e o
Odu que surgiu foi novamente Ogbeyonu. Ao vê-lo o advinho falou: "Toda a tua tragédia é
originada por teu irmão, que é feiticeiro e vive a te fazer mal. Vou ensinar-te um segredo de
Ogbeyonu chamado "Inhanfá Ileké Otonifá". Trata-se de um fio de contas que deverás usar
sempre que fores consultar teu Ifá, para que nenhum mal te alcance. Preciso de contas de todos
os Orixás para confeccionar o Inhanfá".
Os ilekés de Orixás que foram recolhidos pelo caminho foram então entregues a Awo
Oluyebe, que começou logo a preparar o Inhanfá, fazendo gomos de contas com as cores de cada Orixá e rezando enquanto os enfiava
1 - Exú - (Contas negras ou vermelhas e negras alternadas)

"Elegba Oxá biwá manakakun bebeileke inhanfá otoniboxe".
Depois, separando o primeiro do segundo gomo, enfiou uma firma de madeira onde
havia entalhado os signos de Egun: Oturaniko; Ireteyero; Ogundabede e Ogundafun,
representando todos os antepassados. E rezou: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke Inhanfá kpele
otonixe.
2 - Ogun - (Contas azul-escuro)
Ogun owa awanije Oxá Ireleke bebe Inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
3 - Oxóssi - (Contas azul-turquesa)
Oxosi atamatasi Oxá Mosiere, omasiere bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
4 - Orixaoko - (contas rosas, azuis e rajadas nestas cores)
Oxaoko, Oxá Omare owaye alake aiye bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
5 - Inle - (Contas azul-pavão e negras intercaladas)
Inle Oxá kele oku aiye Osain bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
6 - Omolu - (Contas alternadas ou rajadas de preto e branco ou preto, branco e
vermelho)
Oluopopo Oxá Aiye motumba edasanu bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza:
"Inhanle Egun kpele Awo Beleke Inhanfá kpele otoniboxe".
7 - Dada Ajaká - (Contas vermelhas e brancas alternadas de duas em duas)
Dada Omolawo abure ibagola bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
8 - Xangô - (Contas vermelhas e brancas alternadas ou rajadas)
Xangô Baloni Oxá Baloku bebe ileké inhanfá otoniboxe.
outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
9 - Aganjú - (contas marrons e brancas alternadas uma a uma)
Aganjú xola okuo owuniki Oxá odo bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
10 - Obatalá - (contas brancas).
Obatalá Oxá eruare Oxalufan bebe ileké Inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
11- Yewá - (contas vermelho-vinho, rosa e coral}
Yewá Oxá oriman kai kai olumakara bebe ileké ianfá otoniboxe inhanle, Egun kpele,
Awo Beleke Inhanfá kpele otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
12 - Obá - (contas coral e amarelo ouro alternadas).
Oba Oxá omoyuru, Oxá Omiwaye sokun bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
13 - Oxun - (contas amarelo ouro e âmbar).
Oxun Awariye Oxá ariden, Oxá ibu Nana bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
14 - Oiyá - (contas marrom-telha).
Oiya Oxá Iyá oruko Ogboni. Oxá kele bebe ileké inhanfá otoniboxe.

Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
15- Yemanjá - (contas brancas transparentes ou azul-água transparente).
Yemanjá Oxá Towa omi, lolabebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá kpele otoniboxe".
16 - Orunmilá - (contas verdes e amarelas alternadas uma a uma ou verdes e
marrons - em Cuba, usam-se verde e amarelo).
Orunmilá Baba Obarabaniregun Ori nile Oduduwa bebe ileké inhanfá otoniboxe.
Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke
Inhanfá Orun otoniboxe".
Depois, fechou com uma firma negra e, amarrando o inhanfá, rezava:
Awo Oluyebe inhanfá taranara Ikú jun.
Awo Oluyebe inhanfá taranara arun jun.
Awo Oluyebe inhanfá taranara Ikú jun.
Awo Oluyebe inhanfá taranara Ikú jun.
Depois de havê-lo amarrado, apresentou-o ao Sol e disse:
Orun Oxá Agba ileké Olorun otonifa obaiboru Olorun.
Depois, dirigindo-se a Awo Kukunduku, disse: "Vamos lavá-lo e fazer ebó com 16
penas de ekodidé sobre sua cabeça".
Em seguida, pegando o inhanfá, fez com que Awo Kukunduku se ajoelha-se e
cruzasse os braços sobre o peito e, colocando nele o inhanfá, rezou:
"Inhanfá foroloju are Ikú ota axo Naranara Oluyebe obí ina Oluyebe ileké loyeye
Onifekun Orunmilá".
Depois rezou: "Olujebe ileké, Olujebe ilekeo! Obinako kuanaxo.
Olujebe ileké, ileké Awo, ileké oman, ileké ariku Babawá."
A partir de então, todos os Awo têm que, em honra ao Awo Oluyebe, usar o inhanfá
de Ogbeyonu sempre que forem consultar o oráculo, para que não fiquem doentes nem
vulneráveis aos malefícios de seus inimigos.
Obs.: Os Awo de Ogbeyonu, quando recebem obé, depois que termina o itá e os
ebós, têm que dar uma eiyelé ao seu Inhanfá junto com Egun. Depois de sete dias dão um galo
ao inhanfá em cima do tabuleiro no meio do pátio e fazem a seguinte reza:
"Inhanfá opon bebeawo akukó bobonibaxe.
Ikú Alawo boboniboxe,
Arun Alawo boboniboxe,
Ejo Alawo boboniboxe,
Ofo Alawo boboniboxe,
Egun Alawo boboniboxe,
Ina Alawo boboniboxe.
(O akukó tem que ser despachado num rio).
SEGURANÇA EM OGBEYONU PELOS CAMINHOS DE AZAWANI.

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