terça-feira, 14 de abril de 2015


OGBEXE

REZA DE OGBEXE

Ogbexe kan kanton obajë dewá ekodidé saraundere ololukere lodiye Iyalode okere
jimoro enidesun ediferemo otolarefa eji bojo nila. Odu Ajibagadara niawasi niawasi, ikowoxe
Iyami waxe, xiiyami mori yeye o!
Este é o Odu da espionagem.
Aqui as armas de fogo foram trazidas ao mundo.
Fala de tiros, maldiçöes, zombaria, doenças do estômago e das vísceras.
É caminho de Ibú Akparo, rainha do riso e da falsidade. Faz-se de surda para
justificar o fato de não querer ouvir o que se lhe diz.
Aqui surgiram as tatuagens.
Ifá das farpas. É preciso muito cuidado com as vistas.
Os amigos não são reconhecidos.
Aqui o papagaio era o único que entendia a Ogbexe porque era igual a ele.
Faz com que a carne do papagaio seja venenosa.
Aqui acaba o preconceito de cor. O negro vive com o branco e o branco vive com o
negro.
Foi Oxun quem criou este Odu, é o filho que carrega em seus braços.
Fala de um Egun protetor.
Seus filhos são proibidos de trabalharem à noite.
Não bebem água com açúcar.
Não podem soprar pós (exé) em ninguém.
Não são aceitos em diversos lugares. São repudiados.
Não podem tingir os cabelos.
Os donos deste Odu ficam capengas ou andam mancando.
ITAN DE OGBEXE
O pinheiro era filho de Olokun e vivia feliz ao seu lado. Xangô, que se apaixonara por
ele vivia a elogiá-lo, fazendo com que se envaidecesse. Um dia, o pinheiro, achando-se superior
a Olokun, lhe disse: "Eu poderia ser muito maior se vivesse separado de ti".
Aborrecido Olokun amaldiçoou-o dizendo: "Assim será, viverás longe de mim e
crescerás muito, mas somente até que me possas ver. Aí então, morrerás e secarás para seres
queimado como lenha.
Até hoje o pinheiro cresce somente até o ponto em que possa ver o mar no horizonte
distante, quando então começa a secar.

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