ODI MEJI
Disse Ifá: "Não se pode ocultar um cadáver de uma mosca!”
O rei Metolõfin não gostava da mosca porque não conseguia ocultar nada dela. Um dia, resolveu colocá-la à prova, sob pena de morrer se acaso falhasse no teste.
Certo dia a Mosca teve um sonho através do qual, foi avisada para manter-se em guarda, pois a menor distração poderia representar sua morte.
Pela manhã, logo ao despertar, Mosca foi consultar Ifá, que lhe mandou oferecer um sacrifício de quatro galinhas, quatro pombos e farinha. A Mosca ofereceu os bichos, mas preferiu entregar a farinha à sua mãe, para ser por ela vendida.
Enquanto isto, Metolõfin mandou preparar duas grandes esteiras em forma de sacos. Numa das esteiras, pintada de fuligem negra, colocou um hla (hiena), na outra, pintada de branco e vermelho, enfiou um kpo (leopardo), sendo que os dois animais estavam vivos.
Dois carregadores foram encarregados, pelo rei, de levarem as esteiras, com seus perigosos conteúdos, até a casa de Mosca para que esta adivinhasse o que havia dentro, sob pena de em caso de erro, ser punida com a morte.
Chegando a cidade, os carregadores encontraram uma mulher que vendia mingau de farinha e, arriando seus pesados fardos, comeram do mingau ali vendido, sem saber que a mulher era a mãe de Mosca.
Tendo acabado de comer, o primeiro carregador dirigiu-se à sua carga e perguntou em voz alta: "Hla! Hla! Queres comer um pouco de mingau de farinha?" e como a hiena aceitasse, entregou-lhe uma porção do alimento.
O segundo carregador, seguindo o exemplo de seu companheiro, dirigiu-se à sua carga e perguntou: "Kpo! Kpo! Queres mingau de farinha?" E o leopardo aceitou.
Descobrindo a armadilha, a mãe da mosca tratou de arquitetar um plano para deter os carregadores, enquanto ia avisar à sua filha e, dirigindo-se a eles, falou: "Tomem conta de minhas coisas enquanto vou em casa buscar água fresca para beberem".
Chegando em casa, avisou a Mosca que, na esteira pintada de preto, havia uma hiena, e que na outra, pintada de branco e vermelho, havia um leopardo, retornando em seguida com a água para os homens.
Depois de saciarem a sede, os homens perguntaram à mulher onde ficava a casa da Mosca. "Estão vendo aquela casa ali à frente? é de lá que a vejo sair todas as manhãs. Vão até lá e a encontrarão".
Chegando à casa da Mosca, os carregadores bateram e foram atendidos pela própria.
"Somos mensageiros do rei Metolõfin que nos mandou procurá-la”.Disseram os homens.
"Procurar por mim? E com estas feras sobre as cabeças? Tu carregas um hla, um hla vivo! Trate de deixá-lo bem longe de mim! E tu... tu trazes um kpo vivo e não o quero aqui em minha casa! Tratem de levar estas feras para o local de onde as trouxeram!” Berrou a mosca.
Os carregadores, sem ao menos arriarem os seus fardos, voltaram à presença do rei a quem disseram: "Esta mosca é terrível, nem chegamos a depositar nossas cargas no chão e ela já havia identificado o conteúdo!”.
Desolado o rei respondeu: "É, ela é mesmo terrível. Não pude eliminá-la desta vez e ela continuará a viver e a descobrir tudo, ainda que esteja muito bem oculto."
Moral: As coisas erradas, por mais ocultadas que sejam acabam sendo descobertas. Não se pode ocultar um cadáver de uma mosca. (Odi Meji).
Disse Ifá: "Não se pode ocultar um cadáver de uma mosca!”
O rei Metolõfin não gostava da mosca porque não conseguia ocultar nada dela. Um dia, resolveu colocá-la à prova, sob pena de morrer se acaso falhasse no teste.
Certo dia a Mosca teve um sonho através do qual, foi avisada para manter-se em guarda, pois a menor distração poderia representar sua morte.
Pela manhã, logo ao despertar, Mosca foi consultar Ifá, que lhe mandou oferecer um sacrifício de quatro galinhas, quatro pombos e farinha. A Mosca ofereceu os bichos, mas preferiu entregar a farinha à sua mãe, para ser por ela vendida.
Enquanto isto, Metolõfin mandou preparar duas grandes esteiras em forma de sacos. Numa das esteiras, pintada de fuligem negra, colocou um hla (hiena), na outra, pintada de branco e vermelho, enfiou um kpo (leopardo), sendo que os dois animais estavam vivos.
Dois carregadores foram encarregados, pelo rei, de levarem as esteiras, com seus perigosos conteúdos, até a casa de Mosca para que esta adivinhasse o que havia dentro, sob pena de em caso de erro, ser punida com a morte.
Chegando a cidade, os carregadores encontraram uma mulher que vendia mingau de farinha e, arriando seus pesados fardos, comeram do mingau ali vendido, sem saber que a mulher era a mãe de Mosca.
Tendo acabado de comer, o primeiro carregador dirigiu-se à sua carga e perguntou em voz alta: "Hla! Hla! Queres comer um pouco de mingau de farinha?" e como a hiena aceitasse, entregou-lhe uma porção do alimento.
O segundo carregador, seguindo o exemplo de seu companheiro, dirigiu-se à sua carga e perguntou: "Kpo! Kpo! Queres mingau de farinha?" E o leopardo aceitou.
Descobrindo a armadilha, a mãe da mosca tratou de arquitetar um plano para deter os carregadores, enquanto ia avisar à sua filha e, dirigindo-se a eles, falou: "Tomem conta de minhas coisas enquanto vou em casa buscar água fresca para beberem".
Chegando em casa, avisou a Mosca que, na esteira pintada de preto, havia uma hiena, e que na outra, pintada de branco e vermelho, havia um leopardo, retornando em seguida com a água para os homens.
Depois de saciarem a sede, os homens perguntaram à mulher onde ficava a casa da Mosca. "Estão vendo aquela casa ali à frente? é de lá que a vejo sair todas as manhãs. Vão até lá e a encontrarão".
Chegando à casa da Mosca, os carregadores bateram e foram atendidos pela própria.
"Somos mensageiros do rei Metolõfin que nos mandou procurá-la”.Disseram os homens.
"Procurar por mim? E com estas feras sobre as cabeças? Tu carregas um hla, um hla vivo! Trate de deixá-lo bem longe de mim! E tu... tu trazes um kpo vivo e não o quero aqui em minha casa! Tratem de levar estas feras para o local de onde as trouxeram!” Berrou a mosca.
Os carregadores, sem ao menos arriarem os seus fardos, voltaram à presença do rei a quem disseram: "Esta mosca é terrível, nem chegamos a depositar nossas cargas no chão e ela já havia identificado o conteúdo!”.
Desolado o rei respondeu: "É, ela é mesmo terrível. Não pude eliminá-la desta vez e ela continuará a viver e a descobrir tudo, ainda que esteja muito bem oculto."
Moral: As coisas erradas, por mais ocultadas que sejam acabam sendo descobertas. Não se pode ocultar um cadáver de uma mosca. (Odi Meji).
Nenhum comentário:
Postar um comentário