quarta-feira, 6 de novembro de 2013


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Orixás
Na Mitologia Yoruba, Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba, que criou asdivindades chamadas (português Orixá; alemão Orisha; espanhol Oricha;Yoruba Òrìsà) para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas nãosão considerados deuses. São cultuados no Brasil, Cuba, RepúblicaDominicana, Porto Rico, Jamaica, Guiana, Trinidad e Tobago, Estados Unidos,México e Venezuela.Na mitologia há menção de 600 Orixás primários, divididos em duas classes, os400 dos Irun Imole e os 200 Igbá Imole, sendo os primeiros do Orun (céu) e ossegundos da Aiye (Terra).Estão divididos em Orixás da classe dos Irun Imole, e dos Ebora da classe dosIgbá Imole, e destes surgem os Orixá Funfun (brancos, que vestem branco,exemplo:Oxalá, Orunmilá), e os Orixá Dudu (pretos, que vestem outras cores,exemplo:Obaluayê, Xangô).Conheça um pouco de cada um dos Orixás clicando nos links abaixo:
 Yewá, Orixá feminino do Rio Yewa, considerada a deusa da beleza, da adivinhação e da fertilidade.
África
:Yewa, Orixá do rio Yewa, que fica na antiga triboEgbado (atual cidade de Yewa) no estado de Ogun naNigéria. Orixá identificada no jogo do merindilogunpelo odu obeogunda.Verger conta que na Nigéria, Abimbola publicou umitan Ifá (história de Ifa), falando "que de certa feitaestando Yewa à beira do rio, com um igba (gamela)cheio de roupa para lavar, avistou de longe umhomem que vinha correndo em sua direção. Era Ifáque vinha esbaforido fugindo de Iku (a morte).Pedindo seu auxílio, Yewa despejou toda roupa nochão, que se encontrava no igba, emborcou-o emcima de Ifa e sentou-se. Daí a pouco chega a morteperguntando se não viu passar por ali um homem edava a descrição. Yewa respondeu que viu, mas queele havia descido rio abaixo e a morte seguiu no seuencalço. Ao desaparecer, Ifa saiu debaixo do igba e levou Yewá para casa,a fim de torná-la sua mulher."
Brasil
:Ewá, Euá, Yewa, Orixá feminino, é a divindade do rio e da lagoa Yewà naNigéria. Uma das iabás, considerada ora irmã de Iansã, ora esposa deOxumarê. Seu nome significa beleza e graça.Verger em suas pesquisas diz: "Na Bahia é cultuada somente em três casasantigas, devido à complexidade de seu ritual. As gerações mais novas não

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captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daíse ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Yewa ,quando na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente paraOxum ou Oyá."As cores de seus colares (fio-de-contas) são o vermelho e o amarelo. Usacomo insígnias a âncora e a espada, ofá que utiliza na guerra ou na caça,brajás de búzios, roupa enfeitada com iko (palha da costa) tingida. Gostade pato, também de pombos, odeia galinhas. Há um vodun daomeanocom o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão. Saudação –"Riró!".
Lendas
:O seu grande ewó (coisa proibida) é a galinha. Corre a lenda entre ascasas antigas da Bahia que cultuam Yewa, que certa vez indo para o riolavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse espaço veio agalinha e ciscou, com os pés, toda sujeira que se encontrava no local,para cima da roupa lavada, tendo Yewa que tornar a lavar tudo de novo.Enraivecida, amaldiçoou a galinha, dizendo que daquele dia em diantehaveria de ficar com os pés espalmados e que nem ela nem seus filhoshaveriam de comê-la, daí, durante os rituais de Yewa, galinha não passarnem pela porta. Verger encontrou esse ewó na África e uma lendaidêntica.Conta-se que Ewá era uma linda virgem que se entregou a Xangô,despertando o ciúme e a ira de Iansã. Para fugir da senhora dos ventos etempestades, se escondeu nas florestascom Oxóssi, tornando-se umaguerreira e caçadora.Rege as neblinas e nevoeiros na natureza.
Cuba
Lydia Cabrera, antropóloga cubana escreve sobre Yewa e refere-se àYemayá-Olokún.
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Ewa não é uma orixá, sim uma eledá, como muitas outros queacreditamos ser um orixá. Lembro que o titulo de orixá pertence ao orixáOri, e a nenhum mais. Yemanjá tem o de Yia-aja-ori, que não é a mesmacoisa de orixá, como podemos pensar numa primeira idéia. Mais é aparecenos itans de Ifá em certas ocasiões quando do nascimento, quando dospoderes dela, já mocinha, depois com o primeiro namoro e como amantese assim podemos dizer; quando ela começa uma vida sexual ativa quenos informa que tem ela um caso com: 3 oxalá novo o senhor dos Bambusamarelos, o oxalá que vem avisar que o tempo acabou, depois comOxoguian, Exu, Oxumaré, com 2 dos Odes, Orunmilá e por ultimo elaaparece como esposa de Omolu. Em seu nascimento ela aparece quandoOgun violenta Nana, na frente do povo dela, mostrando que ele invadiu aaldeia dela, lembramos que essa lenda começa quando não lhe proíbe asimples pelas terras dela, Nana faz a lama subir até quase matar Ogun,ele escapa e a fere com uma lança, razão pela qual ela não gosta demetal em suas coisas pois sua carne foi cortada por um metal. Ogun seorganiza e trava um guerra com Nana sem precedentes, onde sai vitoriosoinvadindo as terras dela e dominando tudo, por final junta todo o povo de

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Nana no meio da aldeia e ali tem relações com ela na frente do povodela, num demonstração que havia subjugou a rainha. Desta relaçãonasceu Ewá. Uma linda menina, o único filho perfeito que Nana teve. Daíela mandar colocar acima da porta de sua aldeia um iba de Ogun. Ewanão tem nada, pois Nana teria já dado distribuído aos seus filhos, Omolu eOxumare, seus filhos doentes, mais Oxumare se apegou a irmã e com elacombinou que cada um iria dirigir o Arco-íris por um tempo, daí ser ele oarco íris um tempo dirigido por Ewa e outro por Oxumare (não é 6 meses).Oxumare dá a Ewa a cor branca do arco íris, pois ela é um santo balle.Ewa tinha brigas de muitos querendo casar com ela, quando nova pelabeleza. Ela seduziu Oxalufan que vivia com Nana. Tendo ai o seu primeirocontato sexual. Ela tem suas cores o roxo e branco, enquanto Iku é roxo,preto e branco. Conta-se que Ewá recebeu de Ogun o direito de usar umalâmina que ela esconde entre os seios, cujo o cabo é madeira, que essefica a mostra. Ele mostra a pureza da morte onde devemos nos preparar,pois a vida é uma preparação para esse dia onde vamos prestar conta detudo que fizemos dela é a expressão não deixe que outro tome seu lugarna morte, pois o julgamento dele será pior que o seu. Ewá dá mais umtempo a pessoa para se aguardar uma pessoa de longe chegar antes dedar o sono da morte. Ewá vem apenas para quem é digno, daí ter que tera pureza diante dela. Quem não é puro não merece a boa morte. Ela éversátil em venenos, onde tentou envenenar alguns orixás, inclusive Exu,que não foi bem sucedida. Consegui subjulgar Orunmilá e mante-lo comoescravo dela por muito tempo, nesse período Oxumaré foi babalawôusando as cores, verde, amarelo e preto, ela travou varias guerra com seuirmão Omolu, onde por ultimo ele com um tapa a venceu tirando toda acarga de maldade dela. E venceu a maldição dela dada por Oxalá daBambuzal, onde ela de dia era uma velha e a noite era um linda mulher.Ela já casada com omolu, que ela tem muito medo até hoje foi mãe detodos os filhos dele. Já como esposa de Omolu ela ajudou um rapaz afugir da morte. Invocando ela ser esposa de Omolu. Ele rege o sono damorte. Os venenos onde com ele matou os que a perseguia e quem elanão gostava.Entretanto existe um fato em Ifá Xorokê, é um guerreiro feiticeiro, quenão é Ogun e não é Exu. No candomblé é cultuado como Ogun, que seria oIrominã (o Ogun que come com exu e o exu que come com Ogun, que atradução seria meu nome é fogo) dizem que é um Ogun e um Exurebaixando, Xoroke é um santo extremamente sagaz e ligado a torturas,desastres de grandes proporções. Enquanto Ogun quer ver o inimigo olhosnos olhos o Xoroke não tem isso. Ele tem requinte de maldade, gosta deacumular riquezas e bens materiais e é muito vaidoso. E só gosta decoisas boas e que custem muito. Tem muita ostentação. Coisas simplesofende o Xoroke. Pune seus filhos com grandes desgraças, daí muitosterem medo deste santo. Não aceita que seja questionado em nada. Suascores e azulão e vermelho. Ao contrário de Ogun que é verde. Pode usarum arpão, adaga, ofa, cabaças. Cobre o rosto. Em alguns barracões dizemser ela filha de Obatalá. Entretanto em Ifá não achamos amparo paraisso.»
(Lydia Cabrera Mythologie Vodou, Piétonville, 1950)Suas Cores: Amarelo e vermelho (contas
Ibeji, divindade protetor dos gêmeos
África
:Ìbejì ou Ìgbejì - é divindade gêmea da vida, protetordos gêmeos (twins) na Mitologia Yoruba, identificadono jogo do merindilogun pelos odu ejioko e iká.Dá-se o nome de Taiwo ao Primeiro gêmeo gerado eo de Kehinde ao último. Os Yorùbá acreditam que eraKehinde quem mandava Taiwo supervisionar omundo, donde a hipótese de ser aquele o irmão maisvelho.Cada gêmeo é representado por uma imagem. OsYorùbá colocam alimentos sobre suas imagens parainvocar a benevolência de Ìbejì. Os pais de gêmeoscostumam fazer sacrifícios a cada oito dias em suahonra.O animal tradicionalmente associado a Ìbejì é omacaco colobo, um cercopiteco endêmico nasflorestas da África subsariana. A espécie em questãoé o colobus polykomos, ou "colobo real", que é acompanhado de umagrande mística entre os povos africanos. Eles possuem coloração preta,com detalhes brancos, e pelas manhãs eles ficam acordados em silênciono alto das árvores, como se estivessem em oração ou contemplação, daíeles serem considerados por vários povos como mensageiros dos deuses,ou tendo a habilidade de escutar os deuses. A mãe colobo quando vaiparir, afasta-se do bando e volta apenas no dia seguinte das profundezasda floresta trazendo seu filhote (que nasce totalmente branco) nascostas. O colobo é chamado em Yorùbá de edun oròòkun, e seus filhotessão considerados a reencarnação dos gêmeos que morrem, cujos espíritossão encontrados vagando na floresta e resgatado pelas mães colobos peloseu comportamento peculiar.Na África , as crianças representam a certeza da continuidade, por isso ospais consideram seus filhos sua maior riqueza. A preocupação com ossustento das crianças é freqüente entre os povos negros, haja a vista amiséria das cidades africanas e a situação do negro na escravidão e nadiáspora.A palavra Igbeji que dizer gêmeos. Forma-se a partir de duas entidadesdistintas que coo-existem, respeitando o princípio básico da dualidade.Contam os Itãs (conjunto de lendas e histórias passados de geração ageração pelos povos africanos), que os Igbejis são filhos paridos por Iansã,mas abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados ecriados por Oxum como se fossem seus próprios filhos. Doravante, osIgbejis passam a ser saudados em rituais específicos de Oxum e, nos

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grandes sacrifícios dedicados à deusa , também recebem oferendas.Entre as divindades africanas, Igbeji é o que indica a contradição, osopostos que caminham juntos a dualidade de todo o ser humano, Igbejimostra que todas as coisas, em todas as circunstância, tem dois lados eque a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se osdois lados forem ouvidos.Na África, O Igbeji é indispensável em todos os cultos. Merece o mesmorespeito dispensado a qualquer Orixá, sendo cultuado no dia-a-dia. Igbejinão exige grandes coisas, seus pedidos são sempre modestos; o queespera como, todos os Orixás, é ser lembrado e cultuado. O poder deIgbeji jamais podem ser negligenciado, pois o que um orixá faz Igbejipode desfazer, mas o que um Igbeji faz nenhum outro orixá desfaz. Emais: eles se consideram os donos da verdade.Os gêmeos (Ibeji entre os Yorubas e Hoho entre os Fon) são objeto deculto. Não são nem Orixá e nem Vodun, mas o lado extraordinário dessesduplos nascimentos é uma prova viva do princípio da dualidade e confirmaque existe neles uma parcela do sobrenatural, a qual recai em parte nacriança que vem ao mundo depois deles.Recomenda-se tratar os gêmeos de maneira sempre igual e decompartilhar com muita equidade tudo o que lhes for oferecido. Quandoum deles morre com pouca idade o costume exige que uma estatuetarepresentando o defunto seja esculpida e que a mãe a carregue sempre.Mais tarde o gêmeo sobrevivente ao chegar à idade adulta cuidará semprede oferecer à efígie do irmão uma parte daquilo que ele come e bebe. Osgêmeos são, para os pais uma garantia de sorte e de fortuna.
Brasil
:Existe uma confusão latente entre Ibeji e os Erês. É evidente que há umarelação, mas não se trata da mesma entidade, confundindo até mesmocomo Orixá.Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aossantos gêmeos católicos Cosme e Damião.Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por seremcrianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, onascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc.Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmenteinconseqüente; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram.Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas, tudo enfim que sepossa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nosrelacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinados e possessivos. Ao mesmo tempo, sua levezaperante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágilde se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado,extravasando energia.Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendênciaa simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo,à vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si
a princípios simplistas como "gosta de mim" ou "não gosta de mim". Issopode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade.Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer comfacilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral,gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas,sociais e das festas.A grande cerimônia dedicada a Ibeji acontece a 27 de setembro, dia deCosme e Damião, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces,balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto a eles comoaos freqüentadores dos terreiros.Ibeji na nação Keto, ou Nvunji nas nações Angola e Congo. É a divindadeda brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância. Ibeji estápresente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exu, se nãofor bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeirasinfantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa deSanto.É a divindade que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança.Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência,independente do orixá que a criança carrega. Ibeji é tudo de bom, belo epuro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria,sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes.Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôodas aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro denós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de umafelicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo umalenda dessa divindade. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu emnossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, elejá viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos,vivemos.A palavra Eré vem do yorubá, iré, que significa "brincadeira,divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. OEre(não confundir com criança que em yorubá é omodé) apareceinstantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Ere é ointermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, oEre é de suma importância pois, é o Ere que muitas das vezes trará asvárias mensagens do orixá do recém-iniciado.O Ere na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Ere é oresponsável por muita coisa e ritos passados durante o período dereclusão. O Ere conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também,aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciadoem estado de “Ere” é mais influenciado por certos aspectos de suapersonalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seuorixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novoritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.
Símbolos
: 2 bonecos gêmeos, 2 cabacinhas, brinquedos;
Plantas
: jasmim, maçã, alecrim, rosa
Dia
: domingo e segunda-feira para nações Ketu e Jeju Jexá:

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Velas na cor
:azul ,rosa, verde, mas na verdade gosta docolorido em si.
Metal
: estanho. Seus elementos: fogo, ar.
Saudação
:Omi Beijada!.
Domínios
: parto e infância. Amor união.
Comidas
: caruru, cocada, cuscuz, frutas doces.
Animais
: passarinhos.
Quizilas
: morte, assobio.
Características
: alegre, otimista, brincalhão, esperto, trabalhador,imaturo, birrento, voraz.
O que faz
: ajuda a resolver problemas de crianças, dá harmonia nafamília, facilita uniões.Riscos de saúde: alergias, anginas, problemas de nariz, raquitismo,acidentes.
Obá, Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô, é adeusa do amor.
Obá, Orixá africano do Rio Obáou rio Níger, terceira esposa deXangô, identificada no jogo domerindilogun pelos odu odi,obeogunda e ossá.Guerreira, veste vermelho ebranco, usa escudo, Arco eflecha Ofá. Obasy é a senhorada sociedade elekoo, porém noBrasil esta sociedade passou acultuar egungun. Deste modo,obasy é a senhora da sociedadelesse-orixa. Obá representa aságuas revoltas dos rios. Aspororocas, as águas fortes, olugar das quedas sãoconsiderados domínios de Obá.Ela representa também oaspecto masculino das mulheres(fisicamente) e a transformaçãodos alimentos de crus emcozidos. Orixá, emborafeminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitosOrixás masculinos, vencendo na luta, Oxalá, Xangô e Orumilá.Obá é irmã de Iansã, foi esposa de Ogum e, posteriormente, terceira emais velha mulher de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguidoum conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar umensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais

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apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão.Seus símbolos são uma espada e um escudo.Por sua envergadura física e força, tornou-se uma guerreira, a únicamulher capaz de desafiar Ogum para uma luta, e por ser Obáextremamente forte e destemida, Ogum se viu obrigado a usar de umtruque contra ela, espalhando quiabo amassado no chão, e atraindo Obápara aquele canto, onde a guerreira escorregou e não apenas perdeu aluta como foi possuída à força por Ogum, que se tornou seu inimigo.Como esposa de Xangô, sempre se sentindo menos desejada por seuamado que Oxum e Iansã, Obá se esmerava em agradá-lo com seus pratoscada vez mais aprimorados. Mas Oxum era sempre a preferida de Xangô.Um dia Obá não se conteve e perguntou a Oxum qual o segredo de suasedução. Oxum, que vivia com a cabeça enrolada em turbantesmaravilhosos, disse que havia cortado a própria orelha esquerda ecolocado no amalá (uma comida à base de quiabo) de Xangô que, aocomê-lo, por ela se perdera de paixão para sempre.Obá então cortou a própria orelha e a colocou no amalá. Ao ver Obá comum ferimento no lugar da orelha Xangô quis saber o que houvera e Obácontou.Neste momento Oxum tirou seu turbante e, mostrando as duas orelhasintactas a Obá, desatou a rir. Xangô, zangado com a insensatez de Obá eenojado por ver sua orelha na comida, expulsou-a de seu palácio e Obátanto chorou e teve raiva que se transformou num rio revoltoso. NaÁfrica, no lugar onde se encontram os rios Obá e Oxum o estouro daságuas é extremamente violento.
Obá No batuque
Obá, no Batuque é o Orixá feminino associado as lutas, seu ritual seperdeu com a falta dos antigos sacerdotes, não é muito fácil encontrarfilhos de Obá.
dia da semana
na nação Ijexá é segunda-feira,
cor
é o marrom é sincretizada com Santa Catarina.
Obá no Xambá
- Orixá feminino muito enérgico e fisicamente mais forteque muitos orixás masculinos. Segundo uma das lendas africanas teriadesafiado, em seqüência, vários orixás entre eles Oxalá, Xangô eOrunmilá.Tornou-se a terceira mulher de Xangô, travou grandes rivalidades comOxum (segunda mulher deste orixá). Mulheres filhas desse orixá possuematitudes militantes e agressivas, conseqüências de experiências infelizesou amargas por elas vividas.Na Nação Xambá o assentamento é uma tigela de louça.
Dia da semana
quinta-feira. (no Xambá)
cor da roupa
rosa.
guia vermelha
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Saudação Obá Ciô
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Nanã, Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.
Nanã Buruku, Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buru,Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu, NanãBorutu é o Vodun das chuvas, dos mangues, dopântano, da lama (barro molhado), senhora daMorte, e responsável pelos portais de entrada(reencarnação) e saída (desencarne).AfricaEm sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabáe a mais vaidosa, em nome da qual desprezouseu filho primogênito com Oxalá, Omulu, por ternascido com várias doenças de pele. Nãoadmitindo cuidar de uma criança assim, acabouabandonando-o no pântano. Sabendo disso, Oxalácondenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriamanormais (Oxumarê, Ewá e Ossaim), e a baniu doreino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmolugar onde abandonou seu pobre filho, nopântano.Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas,tanto que em algumas tribos quando seu nomeera pronunciado todos se jogavam ao chão.Senhora das doenças cancerígenas, está sempreao lado do seu filho Omulu. Protetora dos idosos,desabrigados, doentes e deficientes visuais. É umvodun, segundo alguns pesquisadores, origináriode Dassa-Zoumé, é uma velha divindade daságuas. Pierre Verger encontrou um TemploDassa-Zoumé e o sacerdote do seu culto.A área que abrange seu culto é muito vasta eparece estender-se de leste, além do rio Níger,até a região Tapá, a oeste, além do rio Volta, nas regiões dos "guang", aonordeste dos Ashanti.Entre os fon e mahi ela é considerada uma divindade hermafrodita,anterior a Mawu e Lissá, aos quais teria dado origem em associação com a"serpente do Universo" Dan Aido Hwedo. Para os ewes e minas, ela é àsvezes vista como um vodun masculino (Nana Densu), esposo da grandemãe das águas Mami Wata.BrasilNanã Buruku é cultuada no Candomblé Jeje como um vodun e noCandomblé Ketu como um orixá da chuva, das águas paradas, mangue,pântano, terra molhada, lama e considerada a mãe dos orixás Obaluaiyê

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Iroko, Osanyin, Oxumarê e Yewá.Nanã é chamada carinhosamente de "Avó", por ser usualmente imaginadacomo uma anciã. É cultuada em todo o Brasil nas religiões Afro-brasileiras. Seu emblema é o Ibiri que caracteriza sua relação com osespíritos ancestrais. Como "Mãe-Terra Primordial" dos grãos e dos mortos,Nanã Buruku poderia ser equiparada à deusa greco-romana Deméter-Ceres-Cíbele.A existência do culto de Nanã Buruku é atribuída a tempos remotos,anteriores à descoberta do ferro, por isso, em seus rituais, não costumamser utilizados objetos cortantes de metal.O baobá ("Adansonia digitata L.", em iorubá ossê e em Fon akpassatin) ésua árvore sagrada.No sincretismo afro-católico é Nanã Boroquê como é chamada naUmbanda é equiparada à Sant'Ana.
Qualidade de Nanã
IgbayinBurukuIgbónánAsayioAsananInseleTinolokoAjaosiÌkure
Predominância
: morte, vida, reencarnação, medicina, doenças, chuvas,enchentes, deficiência visual, lama, manguezal, pessoas desabrigadas eidosas.
As lendas de Nanã
Afirma-se que Nanã era a rainha de um povo e que tinha poder sobre osmortos. Para roubar esse poder, Oxalá desposou-a, mas não ligava paraela. Nanã, então, fez um feitiço para ter um filho. Tudo aconteceu comoela queria mas, por causa do feitiço, o filho, Omolu, nasceu tododeformado. Horrorizada, Nanã jogou-o no mar para que morresse. Comocastigo pela crueldade, quando Nanã engravidou de novo, Orunmilá disseque o filho seria lindo mas se afastaria dela para correr mundo. Assim,nasceu Oxumaré, que durante seis meses do ano vive no céu como o arco-íris, e nos outros seis é uma cobra que se arrasta no chão.Em outra lenda, conta-se que, na aldeia chefiada por Nanã, quandoalguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore. Nanã entãochamava os Eguns para assustá-lo. Ambicionando esse poder, Oxalá foivisitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse porele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu a sua entrada no Jardimdos Eguns. Oxalá então espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dosmortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã, foi aojardim e ordenou aos Eguns que obedecessem "ao homem que vivia com

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ela" (ele mesmo). Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir mas, comoestava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido. Hojeno Culto aos Egungun só os homens são iniciados para invocar os Eguns.Uma terceira lenda refere que, certa vez, os Orixás se reuniram ecomeçaram a discutir qual deles seria o mais importante. A maioriaapontava Ogum, considerando que ele é o Orixá do ferro, o que deu àhumanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra,dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas para usodoméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum nãoera tão importante assim, torceu com as próprias mãos o pescoço dosanimais destinados ao sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrifíciospara Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal.
Curiosidades
A cantora Daniela Mercury fez uma canção em homenagem à IyalorixáCleusa Millet, filha de Mãe Menininha do Gantois, no álbum Sol daLiberdade. O nome da canção é "Dara" e é interpretada em dueto com acantora beninense Angélique Kidjo. Mãe Cleusa era filha de Nanã, e a suavoz ficou imortalizada em disco de Maria Bethania.
Nanã na Umbanda
:Nanã é a mãe primeira de toda humanidade, conforme a lenda o homemapós várias tentativas de usar diversos materiais, foi feito do barro (lodoprimordial das matérias na crosta terrestre), e soprado a vida em suasnarinas por oxalá, sendo que a única restrição de Nanã foi para quandoeste homem morresse a sua matéria seria devolvida aos seus domínios,sincretizada como Nossa Senhora De Santana a avó de Jesus , dona daságuas paradas, das chuvas e dos pantanos,ela decanta em seus domíniostoda as matérias impuras dos homens, preparando assim a limpeza doespírito para próxima reencarnação.
Nanã no Xambá
:É o mais velho dos orixás femininos, ligado a natureza através do barro eda lama e dos manguezais, é também considerado o orixá da sabedoriapor ser o mais velho.Os filhos de Nanã tendem a comportarem-se com a indulgência dos avós,agem com segurança e majestade, suas reações são bem-equilibradas e apertinência de suas decisões mantêm-nos sempre com sabedoria.Na Nação Xambá, Nanã não sai debaixo de Alá, só faz oborí.Dedicamos o mês de julho a esse orixá,
Cor
: Lilás e Roxo
dia da semana
é quarta-feira,
guia
é verde ou roxo,
cor da roupa
é roxa.
Saudação
:
Saluba Nanã

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Ossaim, Orixá das Folhas sagradas, conhece o segredo de todaselas.
Osanyin é a entidade das folhas sagradas, ervasmedicinais e litúrgicas, identificado no jogo domerindilogun pelo odu iká. Sua importância éprimordial. Nenhuma cerimônia pode ser realizada semsua interferência. O seu sacerdote é o Babá Olosayin.É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de quenem mesmo os Orixás podem privar-se. Esse axeencontra-se em folhas e ervas específicas. O nomedessas folhas e o seu emprego é a parte mais secreta doritual do culto dos Orixá, Vodun e Inkice.O símbolo de Osanyin é uma haste de ferro de cujaextremidade superior partem sete pontas dirigidas parao alto. A do centro é encimada pela imagem de umpássaro.Osanyin é o companheiro constante de Ifá. É representado por uma sinetade ferro forjado, terminada por uma haste pontuda enfiada em umagrande semente. A haste é fincada no chão, ao lado do osun (o asen dosfon) do babalawo. Por sua presença, Osanyin traz a influência das folhaspara as operações da adivinhação.
Brasil
Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain, (como se escreve habitualmente) ouOssanha (na Umbanda) que é o Orixá das ervas, no candomblé Jeje échamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredosdas folhas, no Candomblé Bantu é chamado de Katendê, Senhor dasinsabas (folhas).Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, muitas vêzes é representadocom uma única perna. Cada Orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detémseus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto semele nenhuma cerimônia é possivel.
Ferramenta
: sua ferramenta tem uma haste central com um pássaro naponta, do meio dessa haste saem sete pontas.
Cores
: Verde e branco
Fio-de-contas:
verde, branco com lista vermelha.
Animais
: Bode e galo
Saudação
: Ewê ô!
Itan de Osanyin
Osanyin recebera de Olodumare o segredo das folhas. Ele sabia quealgumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, a glória, ashonras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidente. Os outros orixás nãotinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossain paramanter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado

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por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar a Osanyin apropriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, a senhora dosventos. Explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galhode Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. --Desencadeieuma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansãaceitou a missão com muito gosto.O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas,arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado,soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou paralonge e todas as folhas voaram.Os Orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumasdelas, mas Osanyin permaneceu "senhor do segredo" de suas virtudes edas palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. Eassim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graçasao poder (axé) que possui sobre elas.

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por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar a Osanyin apropriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, a senhora dosventos. Explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galhode Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. --Desencadeieuma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansãaceitou a missão com muito gosto.O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas,arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado,soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou paralonge e todas as folhas voaram.Os Orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumasdelas, mas Osanyin permaneceu "senhor do segredo" de suas virtudes edas palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. Eassim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graçasao poder (axé) que possui sobre elas.
 Folhas sagradas
:A folha tem uma importância vital para o povo do santo, sem ela éimpossível realizar qualquer ritual, dai existe um termo curriqueiro dopovo do santo que diz: ko si ewe, ko si Orixa ou seja, (sem folha nãoexiste Orixá).Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm finalidades específicas e

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nem todas servem para o banho ritual, nem para os ritos. O seu uso deveser estritamente recomendado pelo Babalorixá ou em comum acordo como Babalosaim (sacerdote conhecedor da ação, reação e consequência dopoder das folhas), pois só estes sabem a polaridade energética, "positivaou negativa" de cada uma delas e a necessidade de cada indivíduo. Parasua utilização nos ritos, deve-se saber as Sasanha (cânticos específicopara folha) e o Ofó (palavras sagradas) que despertam seu poder e força"axé". Ossaim é o grande Orixa das folhas, grande feiticeiro, que por meiodas folhas pode realizar curas, pode trazer progresso e riqueza. É nasfolhas que está à cura para varios tipos de doenças, para corpo e espírito.Portanto, precisamos lutar sempre por sua preservação, para queconseqüências desastrosas não atinjam os seres humanos.
Folhas de Orò mais importantes
Akoko "Acoco" ou Primeira-folhaNewboldia laevis Seem, BignoniaceaeIrokò "Gameleira" "Gameleira-branca"Clorophora excelsa, Moraceae ou Ficus doliaria, MoraceaeOdundum "Folha-da-costa", Folha-da-fortuna" ou "Saião"Kalanchoe brasiliensis, CrassulaceaeImu "Begônia ou Azedinha"Begonia cucculata, BegoniaceaeAwurepepe "Pimentinha-d'água"Spylanthes acmella, AsteraceaeOxibatá "Baronesa"Nymphaea lotus, NymphaeaceaeOju Orò "Erva-de-santa-luzia"Pistia stratiotes, AraceaeMisi misi "Vassourinha-de-relógio" ou "Vassourinha-mofina"Scoparia dulcis, ScrophulariaceaeIda oya"Espada-de-iansã"Tradescantia spathacea, CommelinaceaeOwu "Algodão"Gossypium sp., MalvaceaeGboro ayabá, "Salsa-da-praia" ou kissajáIpomea asarifolia, ConvolvulaceaeOrinrin "Alfavaquinha-de-cobra"Peperomia pellucida, PiperaceaeAtipolá "Erva-tostão", "Bredo-de-porco", "Pega-pinto" ou "Tangaraca"Boerhavia diffusa, NyctaginaceaeTeteregun "Cana-do-brejo"Costus spicatus, CostaceaeTótó "Água-de-alevante" ou "Colônia"Renealmia brasiliensis, Zimgiberaceae

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Iji opé "Dendezeiro"Elaeis guineensis,ArecaceaeOgbó "Orelha-de-macaco"Niervillia umbrosa, OrchidaceaeEwe Abebé "Capitãozinho"Hydrocotyle bonariensis,AraliaceaeEwe jeje "Jequiriti"Abrus precatorius, FabaceaeAlukeresé "Dama-da-noite"Ipomea bona-nox, ConvolvulaceaeEwê boyí funfun "Bétís-branco"Piper rivioides, PiperaceaeJogbô "Neves-folha" ou "Neves"Hyptis pectinata, LamiaceaeEfirin "Manjericão"Ocimum basilicum, LamiaceaeSunkawa "Arrozinho"Zornia reticulata, FabaceaeIfin funfun "Malva-branca" ou "malva"Abutilon x. hybridus, MalvaceaeTamandê "Arnica-do-campo"Solidago microglossa, AsteraceaeEwê odã "Erva-silvina" ou "Erva-fetos"Polypodiumvulgare, PolypodiaceaeAmunimuyê "Balainho-de-velho"Centhratherum punctatum, AsteraceaeSolé "Maria-preta"Eupatorium ballotaefolium , AsteraceaeIyabeyin "Mãe-boa"Ruellia geminiflora, AcanthaceaeEwe ajé "Erva-da-riqueza"Alternanthera tenella, AmaranthaceaeGodogbodó "Trapoeraba"Commelina diffusa, CammelinaceaeEwê Iyá "Caapeba"Potomorphe umbellata, PiperaceaeWuê mimolé "Brilhantina"Pilea microphylla, UrticaceaeEjá Omodé "Aguapé"Eichornia crassipes, PontederiaceaeTeté ou ewe tetê "Bredo" ou "Caruru-sem-espinho"Amaranthus viridis, Amaranthaceae

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Makassá ou Macassá, "Catinga-de- crioula" ou "Catinga-de-mulata"Hyptis mollissima benth, LamiaceaeEré tuntún "Levante-miúda" ou "Levante"Mentha citrata, LamiaceaeTanaposó "Bonina"Mirabilis jalapa, NyctaginaceaeEwê mensã "Pára-raio" ou "Cinamomo"Melia azedarach, MeliaceaeEwê diji ou Ewe ojé"Erva-prata"Solanum argenteum, SolanaceaeOkpá orô "Capianga"Vismia guyanensis, ClusiaceaeBotujé"Pinhão-branco"Jatropha curcas, EuphorbiaceaeEwê inãn "Folha-de-fogo"Clidemia hirta, MelastomataceaeAjagbaô "Tamarineiro"Tamarindus indica, FabaceaeGbji "Capim-de-burro"Cynodon dactylon, PoaceaeOkowô "Erva-vintém"Drymaria cordata, CaryophyllaceaeOgbê akunko "Crista-de-galo"Heliotropium indicum, BoraginaceaeAjobi funfun "Aroeira-branca"Schinus molle, AnacardiaceaeIpesã ou ipesanhe "Birrero ou Bilreiro"Guarea trichilioides, MeliaceaeOmun "Samambaia-de-poço"Lygodium polimorphum, SchyzacaceaePeregun ko "Dracena-listrada"Dracaena fragrans var. massangeana, RuscaceaePèrègún "Peregun" ou "Nativo"Dracaena fragrans var. typica, RuscaceaeEwê bajutoná "Erva-pombinho" ou Quebra-pedraPhyllanthus niruri, PhyllanthaceaeKunkundukunku "Batata-doce"Ipomoea batatas, ConvolvulaceaeAlukpayidá "Língua-de-galinha"Uraria picta, FabaceaeAwian "Cascaveleira" ou xiquexiqueCrotalaria retusa, Fabaceae

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Afon "Espelina-falsa"Clitoria guyanensis, FabaceaeAtorinã "Sabugueiro"Sambucus australis, AdoxaceaeBujê "Jenipapo" , "Genipapero" ou "Janipapeiro"Genipa americana, RubiaceaeIgba ajá "Jurubeba"Solanum paniculatum, SolanaceaeIteté "Janaúba" ou "Agoniada"Plumeria rubra var. lancifolia, ApocynaceaeEtítáré "Maricotinha" ou "Alfavaca-de-cobra"Monnieria trifolia, RutaceaeOdé okoxu "Caiçara"Solanum erianthum, SolanaceaeEwê lará "Mamona-branca"Ricinus communis, EuphorbiaceaeEwê Odé "Carrapicho-beiço-de-boi"Desmodium adscendens, FabaceaeOjusaju "Guiné-tipi"Petiveria alliacea, PhytolaccaceaeOkiká "Cajazeira"Spodia mombin, AnacardiaceaeEwurô "Alumã" ou "Alumon"Vernonia bahiensis, AsteraceaeAtoribé "Milhomens ou Milomens"Aristolochia gigantea, AristolochiaceaeIda orixá "Espada-de-ogun"Sansevieria zeilanica, RuscaceaeLabelabê "Tiririca"Fuirena umbellata, CyperaceaeElexu "Arrebenta-cavalo"Solanum capsicoides, SolanaceaeFalákálá "Corredeira"Chamaescyce hirta, EuphorbiaceaeExixi "urtiga graúda"Laportea aestuans, UrticaceaeJojofá "Cansanção (planta)"Urera baccifera, Urticaceae
Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.

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Òsùmàrè na África
É a serpente-arco-íris em nagô, é amobilidade, a atividade, uma de suasfunções é a de dirigir as forças quedirigem o movimento. Ele é o senhor detudo que é alongado. O cordãoumbilical que está sob o seu controle, éenterrado, geralmente com a placenta,sob uma palmeira que se tornapropriedade do recém-nascido, cujasaúde dependerá da boa conservaçãodessa árvore.Ele representa também a riqueza e afortuna, um dos benefícios maisapreciados no mundo dos iorubás. Emalguns pontos se confunde com o VodunDan da região dos Mahi.É o símbolo da continuidade e dapermanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que mordea própria cauda. Oxumarê é um orixá completamente masculino, porémalgumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixáfeminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que temdominios parecidos com o dele. Enrola-se em volta da terra para impedí-lade se desagregar. Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcursode múltiplos e variados destinos.De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seriaencarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através doarco-íris.É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin e Obaluaiyê, que sãovinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usamcolares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente quetem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Obaluaiyê.
Oxumarê no Brasil
No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares (fio-de-contas) demissangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia dasemana que lhe é consagrado. Seus iniciados usam Brajá - longos colaresde búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente, e trazem àmão um Ebiri, espécie de vassoura feita com nervuras das folhas depalmeiras. Quando dançam levam nas mãos pequenas serpentes de metal,apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimentoalternado. A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarõescozidos no azeite de dendêNa Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia24 de agosto.Certa lenda conta que ele era, outrora, um (Babalawo) adivinho, "filho deproprietário-da-estola-de-cores-brilhantes". Em outra lenda o mesmo tema

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aparece: "Este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente". Oxumarê consultava-lhe asorte de quatro em quatro dias.Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei dopovos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significaestrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativacomo “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomeye seu exército.Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já noKetu, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. Porém essas coresdefinem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhepertencem.Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria noinício passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém maistarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos,poderosos, e muitas vezes orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudarquando alguém realmente precisa deles. E não raro, é ver um filho deOxumarê se desfazer de algo seu, em favor do necessitado, com a maiorfacilidade..... Contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibirsua riqueza.São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém, setorna terrível quando com raiva, representando nesse estado a Serpente,que vem trazendo o lado negativo de oxumarê, o seu lado mais perigoso.Oxumarê dentro do candomblé, se divide em duas qualidades : - Oxumarêmacho, representado pelo arco-íris _ Oxumarê fêmea, chamado deFREKUEM, representado pela Serpente. Identificado no jogo domerindilogun pelo odu iká.
Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas, Orixá da Cura
Nomes
Obàluáyê "Rei senhor da Terra",Omolu "Filho do Senhor", Sapata"Dono da Terra" são os nomesdados a Sànpònná (um títuloligado a grande calor o sol -também é conhecido como (BabáIgbona = pai da quentura) deusda varíola e das doençascontagiosas, é ligadosimbolicamente ao mundo dosmortos. Outra corrente os definecomo: Obàluáyê: Obá - ilu; aiye;Rei, dono, senhor; da vida; na terra; Omolu; Omo-ilu; Rei, dono, senhor;da vida.

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Dança
Sua dança o Opanijé (cuja tradução é: ele mata qualquer um e come),dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitamseu sofrimento, coceiras e tremores de febre.
Emblemas
Tem como emblema o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito denervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em queele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre"as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Esta representação nosmostra sua ligação a terra. Na Nigéria os Owo Érindínlogun adoramObàluáyê e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano)onde são costurados cauris esó (búzios).
Vestimenta
A vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraída do Igí-Ògòrò, apalha da costa , elemento de grande significado ritualístico,principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presençaindica que algo deve ficar oculto. É composta de duas partes o "Filá" e o"Azé", a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie decapuz trançado de palha-da-costa, acrescido de palhas em toda sua volta,que passam da cintura, o Azé , seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia depalha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dosjoelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, tambémchamado "cauçulú", em que oculta o mistério da morte e do renascimento.Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, ondesupostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revelasua importância e ligação com a morte (iku). A palha da costa é maisencontrada no norte do Brasil.
Festa
Comidas do Olubajé, candomblé.A festa anual é o Olubajé (Comida do reisenhor). São feitas e destribuídas no mínimo nove iguarias da culináriaafro brasileira (comida ritual), seus "filhos" devidamente "incorporados" eparamentados oferecem aos convidados e assistentes, em folhas demamona ilará ou bananeira (aguede), no sentido de prolongar a vida etrazer saúde .Tido como filho de Nanã, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto naÁfrica é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomesé de conformidade com a região, Obàluáyê/Xapanã em Tapá (nupê)chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon,trazido pelos nagôs na cidade de Savalu, Benin. Em alguns lugares semisturam, em outros são deuses distintos, confundido até com NànàBuruku; Omolu em ketu e Abeokuta.Seu parentesco com Oxumare e Iroko é observado em Ketu (vindo de Aisesegundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança(oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram essestrês personagens superpostas, também em Fita próximo de Pahougnan,

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território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, trêsfetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumare) e seu filho Loko(Iroko).
Sete folhas mais usadas para Obaluaiyê
AfomonEwê réréAtorinãEwê laráEwê odanAfonTamandé
Brasil
No Brasil é conhecido como Obaluaiyê no Candomblé, como Obaluaê naUmbanda, como Xapanã no Batuque e como Obaluaiê no Xambá.
Cuba
Na Santeria é cultuado como Babalú Ayé.
 Ayrà, Usa branco, tem profundas ligações com Oxalá e com Xangô.
Foto:Assento de AyráAyrà ou Xangô Airá, (como écultuado em candomblés noBrasil) normalmente confundidocom Xangô, na verdade é umorixá próprio, que pertence àfamília de Xangô em Oyó,Nigéria, identificado no jogo domerindilogun pelos oduejilaxebora e ofun. Este orixáveste-se de branco, temprofundas ligações com Oxalá, eé o grande homenageado durante a festa do fogo (Isire Ina Ayra) que, noBrasil, comemora-se em 29 de junho.Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não sãotemperadas com dendê, e sim com banha de ori africana. Come quiabos,assim como Xangô e toda a sua família.Segundo os mitos, Oxalá permaneceu injustamente preso durante seteanos no reino de seu filho, Xangô, sem que este soubesse do fato. Grandescalamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quandoXangô finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai,resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas emtodo o reino, em sua homenagem. A festividade conhecida hoje comoÁguas de Oxalá remonta a esse acontecimento.No entanto, Oxalá estava muito alquebrado, ferido e entristecido. Apesarde toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar aoseu próprio reino, em Ifé, onde Yemanjá, sua esposa, o aguardava. Xangô

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não podia acompanhá-lo pois precisava colocar em ordem o próprio reino epediu a Airá que fizesse isso em seu lugar.Foi assim que Airá tornou-se o companheiro de Oxalá, pois a viagem foimuito longa já que Oxalá andava muito devagar (conta-se também queAirá carregava Oxalá nas costas) pelo fato de ainda estar se recuperandodos ferimentos que adquirira durante os sete anos de prisão.Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Oxalá sentia frio e precisavadescansar. Para aquecê-lo e distraí-lo dos próprios pensamentos, Airámandava que acendessem uma grande fogueira no acampamento. Oxaláobservava o fogo e Airá passava longas horas contando-lhe histórias dopovo de Oyó.Desse modo, tornou-se tradição acender a fogueira no dia 29 de junho decada ano (no Brasil), em homenagem a Airá e à viagem que fez emcompanhia de Oxalá.Em alguns terreiros de candomblé cultua-se um grupo de qualidades deXangô que recebe o nome de Airá. Também se acredita que Airá seja umorixá diferente de Xangô e que participa de alguns de seus mitos. O maiscomum é considerar-se Airá como um Xangô branco. Vejamos algumas dassubdivisões de Airá.
Airá Intilé
É o filho rebelde de Obatalá. Airá Intilé foi um filho muito difícil, causandodissabores a Obatalá. Um dia, Obatalá juntou-se a Odudua e ambosdecidiram pregar uma reprimenda em Intilé. Estava Intilé na casa de umade suas amantes, quando os dois velhos passaram à porta e levaram seucavalo branco. Airá Intilé percebeu o roubo e sabedor que dois velhos ohaviam levado seu cavalo predileto, saiu no encalço. Na perseguiçãoencontrou Obatalá e tentou enfrentá-lo. O velho não se fez de rogado,gritou com Intilé, exigindo que se prostrasse diante dele e pedisse suabenção. Pela primeira vez Airá Intilé havia se submetido a alguém. Airátinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas. Foi então queObatalá desfez os colares de Airá Intilé e alternou as contas encarnadascom as contas brancas de seus próprios colares. Obatalá entregou a Intiléseu novo colar, vermelho e branco. Daquele dia em diante, toda terrasaberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez com queAirá Intilé o levasse de volta a seu palácio pelo rio, carregando-o em suascostas. Nesta qualidade, Airá Intilé dá a seu devoto um ar altivo e desabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista,decidido.
Airá Ibonã
É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês dejunho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dançaacompanhado de Iansã, pisando as brasas incandescentes. Conta o mitoque Ibonã foi criado por Dadá, que o mimava em tudo o que podia. Nãohavia um só desejo de Ibonã que Dadá não realizasse. Um dia Dadásurpreendeu Ibonã brincando com as brasas do fogão, que não lhecausavam nenhum dano. Desde então, em todas as festas do povoado, láestava Airá Ibonã, sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando

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sobre as brasas escaldantes das fogueiras.Nessa qualidade, os seguidores de Airá têm espírito jovem, perigoso,violento, intolerante, mas são brincalhões, alegres, gostam de dançar ecantar.
Airá Osi
É o eterno companheiro de Oxaguiã. Um dia, passando Oxaguiã pelasterras onde vivia Airá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seuporte de guerreiro e vencedor de batalhas. Sem que Oxaguiã se desseconta, Airá trocou suas vestes vermelhas pelas brancas dos guerreiros deOxaguiã, misturando-se aos soldados do rei de Ejibô. No caminhoencontraram inimigos ao que Osi, medroso que era, escondeu-se atrás deuma grande pedra. Oxaguiã observava a disputa do alto de um monte,esperando o momento certo de entrar nela, mas, para sua surpresa,percebeu que um de seus soldados estava de cócoras, escondido atrás dapedra. Sorrateiramente Oxaguiã interpelou seu soldado e para suasurpresa deparou-se com Airá que chorava de medo, implorando seuperdão, por haver enganado o grande guerreiro branco. Oxaguiã, por suabondade e sabedoria, compadeceu-se de Airá Osi. No entanto, comopunição pela mentira de Airá, decidiu que naquele mesmo dia o jovemvoltaria à sua terra natal vestindo-se de branco e nunca mais usaria oescarlate, devendo dedicar-se a arte da guerra para poder seguir com eleem suas eternas batalhas.Os filhos de Airá Osi são considerados jovens guerreiros, lutam pelo quequerem, mas as vezes deixam-se enganar pela impetuosidade. São calmos,não tidos a trabalhos intelectuais, são amorosos, alegres e sentimentais.São muitas as invocações ou qualidades de Xangô, que, como vimos, sejuntam às outras tantas de Airá. Em diferentes países e regiões dadiáspora africana em que a religião dos orixás sobreviveu e prosperou, hádiferentes variantes das qualidades dos orixás, pois cada grupo,geograficamente isolado, ao longo do tempo, acabou por selecionar estaou aquela passagem mítica do orixá. Muitas foram esquecidas, outrasganharam novos significados. Cada qualidade é representada pordiferentes cores e outros atributos, de modo que, pelas vestes, contas eferramentas, ritmos e danças, é possível identificar a qualidade que estásendo festejada, principalmente no barracão de festas dos terreiros. Nãosó por esses aspectos, mas também pelas oferendas votivas e pelosanimais que são sacrificados em favor da divindade.
Logunedé - Orixá jovem da caça e da pesca
Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um orixá africano que namaioria dos mitos costuma ser apresentado como filho de Oxum Ipondá eOxóssi Ibualama, do iorubá Ibùalámo. Segundo as lendas, vive seis mesesnas matas caçando com Oxóssi e seis meses nos rios pescando com Oxum.É cultuado na nação Ijexá como sua mãe, mas também nas nações Ketu eEfan, sendo o seu culto muito difundido no Rio de Janeiro.

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No entanto, existem outras versões acerca de suafiliação. Se na maioria dos mitos, Logunedé surgecomo filho de Oxum e Oxóssi, em outros, um poucomais raros, aparece como filho de Ogun e Iansã. Há,ainda, histórias que contam a lenda de Logunedécomo filho desses quatro Orixás, apresentando-ocomo nada mais, nada menos que uma representaçãodos Orixás Gêmeos, Ibeji.Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é oherdeiro dos axés de Oxum e Oxóssi que se fundem ese mesclam como mistério da criação, trata-se de umorixá que une a graça, a meiguice e a faceirice deOxum à alegria, à expansão de Oxóssi. Se Oxumconfere a Logunedé axés sobre a sexualidade, amaternidade, a pesca e a prosperidade, Oxóssi lhepassa os axés da fartura, da caça, da habilidade, doconhecimento.Essa característica de unir o feminino de Oxum aomasculino de Oxóssi, muitas vezes o leva a serrepresentado como uma criança, um meninopequeno ou adolescente, formando mais uma tríadesagrada na História das religiões. Com Logunedé,completa-se o triângulo iorubá pai, mãe e filho quetambém se repete nas trilogias católica (Pai, Mãe eEspírito Santo), egípcia (Ísis, Osíris e Hórus), hindu e tantas outras.Como criança, Logunedé se liga ao lírio, símbolo de pureza e inocência,sendo o lírio da paz uma de suas folhas sagradas. Em um de seus mitos,ele é encontrado por Iansã Onira sobre um lírio. Ela o adota e passa a sersua companheira inseparável, tanto que na feitura dos filhos de Logunedéno candomblé Iansã Onira costuma se apresentar como seu juntó.Como símbolo da pureza, muitas vezes Logunedé também é visto comoum ser andrógino, sendo a androginia um traço do sagrado também emoutras religiões, o que ocorre especialmente no cristianismo e nojudaísmo com os anjos.Mas se, em várias tradições, ele é considerado um orixá masculino, emalgumas é confundido com a homossexualidade ou a bissexualidade, o queocorre quando se interpreta ao pé da letra o mito que afirma viverLogunedé seis meses como homem e seis meses como mulher. Naverdade, a interpretação mais aceita seria que essa se trata de umametáfora para falar dos axés herdados por ele de seus pais, Oxum eOxóssi.Após ser abandonado e viver com Ogum, aprende com ele as artes daguerra e da metalurgia. É coroado por Iansã como o príncipe dos Orixás. Éamigo íntimo de Yewá, seriam eles os Orixás que se complementam,considerados o par perfeito.Num mito raro, Logunedé se perde no caminho entre as casas de Oxum eOxóssi, é encontrado pelo velho Omolu que o ampara e protege. Com

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Omolu, Logunedé aprende a arte da cura e a feitiçaria. O seu primeironome, Logun, no Brasil se mesclou ao segundo, Edé, nome da cidadeiorubá na qual o seu culto se fortaleceu, formando Logunedé. Logun podeser uma abreviatura de Ologun que, em iorubá, quer dizer feiticeiro.Então, feiticeiro, caçador, pescador, príncipe guerreiro, esses são algunstítulos, alguns epítetos dados à Logunedé. Para Mãe Menininha doGantois, "Logun é santo menino que velho respeita".Costuma ser cultuado no candomblé, mas não na umbanda
oloje iku ike obarainan

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