EGUNITÁ
Egunitá é considerado um orixá feminino cuja existência tem sido questionada por alguns adeptos da Umbanda e do Candomblé
Para muitos estudiosos e seguidores não seria um orixá singular mas, uma das qualidades (manifestações) de Iansã ou Oyá que vestiria rosa, visão mais comum dos fiéis do Candomblé. Como Oyá do Culto Igbalé é associada aos mortos, aos ventos e ao bambuzal, é ligada aos orixás Oxalá e Nanã.
Existiam mesmo terreiros que veiculavam essa mensagem. Um exemplo advém do falecido escritor e sacerdote, José Ribeiro, que era dirigente do Terreiro de Iansã Egunitá (Senhora de Egum) que se encontrava na estrada Santa Efigênia, 152, Taquara, Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Era de Candomblé da nação Angola.
Oyá Egunitá teria fundamento com Ogum Wari e Odé. Em outra visão, Oyá Egunitá é um Orunkó (nome, dijina) e não qualidade de Oyá.
A difusão do seu culto em separado do de Iansã, se deu a partir das obras do escritor umbandista Rubens Saraceni e de seus seguidores, como Alexandre Cumino. O pólo irradiador de sua doutrina é o Colégio de Umbanda Sagrada "Pai Benedito de Aruanda", no estado de São Paulo. Na visão destes umbandistas, é o orixá feminino do fogo, a Mãe Ígnea, associada à deusa Héstiaou Vesta na mitologia greco-romana. Senhora da Lei e da Justiça, ora faz par com Ogum (Lei), ora com Xangô (Justiça), assim como Iansã. Seu ponto de força são os caminhos e as pedreiras, sua cor é a laranja e sua pedra a ágata de fogo.É sincretizada com Santa Brígida da Irlanda ou ainda com Santa Sara Kali dos ciganos. Como dito anteriormente, Egunitá é o Orixá que pode ser interpretado como uma qualidade de Iansã. Assim, atende-se a todas as vertentes que buscam interpretar a religião de Umbanda. Onde nos cultos litúrgicos onde existe a manifestação do orixá Iansã, ali se manifesta as vibrações de Oiá e Egunitá.
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