Ògún
Conta a lenda que Ợya era companheira de Ògún antes de se tornar a mulher de Sàngó. Ela ajudava Ògún, Rei dos Ferreiros, no seu trabalho. Carregava docilmente seus instrumentos da casa à oficina. E aí ela manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ògún ofereceu a Ợya uma vara de ferro, semelhante a uma de sua propriedade, que tinha o dom de dividir em sete partes os homens e em nove as mulheres, que por ela fossem tocadas no decorrer de uma briga. Sàngó gostava de vir sentar-se a forja apreciar Ògún bater e modelar o ferro e, frequentemente, lançava olhares a Ợya. Esta, por seu lado, também o olhava furtivamente. Segundo um contador de histórias, Sàngo era muito elegante. Seus cabelos eram trançados como os de uma mulher. Sua imponência e seu poder impressionaram Ợya. Aconteceu então, o que era de se esperar: ela fugiu com ele. Ògún lançou-se à sua perseguição. Ao encontrar os fugitivos, bradou sua vara mágica e Ợya fez o mesmo, eles se tocaram ao mesmo tempo. E assim Ògún foi dividido em sete partes e Ợya em nove. Ele recebeu o nome de Ògún-Méje-Ire e ela Ìyá Mésan.
"Ògún dividido em sete partes'' faz alusão às sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiam em volta de Ire. Também simboliza o número de instrumentos pendurados numa haste: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxada (espécie de enxada que se usa na África).
Ògún é o filho mais velho de Okambi, neto de Odùdúwà, fundador de Ifé.
Apossou-se da cidade de Ire, matou o rei e aí instalou seu próprio filho. Intitulou-se de Onire, Rei de Ire, mas nunca teve o direito de usar um Ade (coroa que simboliza a realeza para os yorùbá).
Usou somente um diadema chamado Àkòró, que lhe valeu ser saudado, até hoje, com os nomes de Ògún Onire e Ògún Alà Àkòró.
Foi um temível guerreiro, que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas guerras trazia sempre um rico espólio. Numa dessas guerras ficou fora de Ire durante muito tempo. Quando retornou, a cidade estava em festividade. Ninguém podia falar ou fazer um gesto. Ao chegar Ògún perguntou pelo seu filho. Não obtendo resposta ele disse: '
Vocês não estão me reconhecendo?
Eu sou Ògún, rei do Ire.
Acrescentou ainda que estava com fome e sede. Ninguém se manifestava. Como ele nunca fica sem resposta, começou a matar as pessoas, até matar toda a tribo. Quando matou a última pessoa, o filho apareceu e perguntou:
Por que fizeste isto, meu pai?
Estavam todos em silêncio em sua honra.
Aí Ògún se apercebeu do mal que tinha causado e disse ao filho duas palavras, que todas as vezes que ele as pronunciasse, viria em seu auxílio.
Depois enfiou a espada no chão, abriu a terra e entrou.
"Ògún dividido em sete partes'' faz alusão às sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiam em volta de Ire. Também simboliza o número de instrumentos pendurados numa haste: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxada (espécie de enxada que se usa na África).
Ògún é o filho mais velho de Okambi, neto de Odùdúwà, fundador de Ifé.
Apossou-se da cidade de Ire, matou o rei e aí instalou seu próprio filho. Intitulou-se de Onire, Rei de Ire, mas nunca teve o direito de usar um Ade (coroa que simboliza a realeza para os yorùbá).
Usou somente um diadema chamado Àkòró, que lhe valeu ser saudado, até hoje, com os nomes de Ògún Onire e Ògún Alà Àkòró.
Foi um temível guerreiro, que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas guerras trazia sempre um rico espólio. Numa dessas guerras ficou fora de Ire durante muito tempo. Quando retornou, a cidade estava em festividade. Ninguém podia falar ou fazer um gesto. Ao chegar Ògún perguntou pelo seu filho. Não obtendo resposta ele disse: '
Vocês não estão me reconhecendo?
Eu sou Ògún, rei do Ire.
Acrescentou ainda que estava com fome e sede. Ninguém se manifestava. Como ele nunca fica sem resposta, começou a matar as pessoas, até matar toda a tribo. Quando matou a última pessoa, o filho apareceu e perguntou:
Por que fizeste isto, meu pai?
Estavam todos em silêncio em sua honra.
Aí Ògún se apercebeu do mal que tinha causado e disse ao filho duas palavras, que todas as vezes que ele as pronunciasse, viria em seu auxílio.
Depois enfiou a espada no chão, abriu a terra e entrou.
Os lugares consagrados a Ògún ficam ao ar livre na entrada dos palácios dos reis e nos mercados. Estes lugares são geralmente pedras em forma de bigorna, colocadas perto de uma grande árvore: Àràbà. São protegidos por uma cerca de plantas nativas, chamadas pèrègún ou akoko. Nestes locais periodicamente os sacerdotes realizam suas oferendas.
muito bom, mas inventam tanto coisa que, mesan seria ja ela mesmo antes das astes?
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